As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sábado, 15 de outubro de 2005

Brincando nos sonhos



Clara é uma princesinha bailarina de azul
Tão delicada eu a encontrei pelas nuvens
E em meus braços a carrego em realeza
Vamos dançando um velho som
Que de longe o vento trouxe
Do novo mundo em que dormimos e sonhamos
Renascemos e encantados encontramos
Os tons e cores de sua voz menina
Nos delírios agudos de crianças
Nos desejos sorrindo da infância
Correndo quase voando de alegria
Pulando e seguindo a dança
Felizes por pouco não lembramos
Que aqui não passam as horas
Porém lá fora nos chama o dia
E quando a manhã então nascer
Longe um do outro acordaremos
Leves e cheios de saudades
Esperando que outras vezes
Enganando essa distância
Os nossos sonhos se encontrem
Para brincarmos com a nossa felicidade

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

A Flor dos dias e suas mil pétalas

E me fiz já sem motivo
Triste como quem chora
Pois as lagrimas do outrora
Sempre chegam sem aviso
Mas já nem trazem prejuízo
Ao meu peito sem demanda
Fui inteiro, hoje sou banda
Fui feliz, hoje poeta
De mim mesmo sou profeta
Trago as coisas do passado
Se o presente é agoniado
E só o futuro é o que tenho
Seguirei no meu empenho
Vou sem te negar saudade
Hoje sei que sem maldade
Sonhos vêem e vão simbora
E só os amores é que ficam
Brincando de dentro pra fora