As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Ignorando estações

Se hoje florescem amores em meu peito
Que fora brocado por ti
É porque plantei esperanças alheias ao tempo.

E esta paisagem nunca mais seria a mesma.
Estúpida lembrança ignorando estações
Naquele final de seca em meus olhos.

Ininspirado!

Eu contei luas pra te reencontrar
E nem mais lembrava desse teu abrasivo beijo
Não é de hoje que amando me privo
Dessa tortura de andar sem ter chão
Volúvel, como nuvens no teu céu de sertão
Nebuloso, como teu olhar de tempestade
Em silêncio sangrando teu sorriso de forma abstrata (surreal)...

- Não consigo retratar tuas lembranças neste virtual papel em branco!

sábado, 17 de novembro de 2007

Seqüestre-me!

Seqüestre-me
Preciso de um pouco de ternura
Nesse tempo quente sem ventura
Mesmo que toda indelicadeza seja verdade
E precise ser dita
Mesmo que se perca o que se acredita
Para reencontrar o sabor das palavras que nos circundam.

Eu sou o temor de teus lábios
A altura infinita de teu desejo
A queda do teu ego
E uma porção de gestos, assim falando baixo
Tímidos e temidos
Cínicos e cíclicos dessa mesma história.
Tenho na testa o lunário de uma vida
O mapa de nossas almas
A cruz de nosso trajeto
A promessa que lava a fonte
Os dedos que apontam o monte
Os olhos que vêem o medo
E se viram em tua salvação!
Por amor, e um corte me sangra o peito
Repito, por amor, e a faca me cega a língua
Gemendo, eu grito!
É assim que sempre fui!
E assim serei e digo
Com ou sem esses sonhos me acordando!
Eu canto e danço as vistas de Deus,
E sou um pecador por assassinar teu medo?!
Sem piedade, a sangue frio?!

Seqüestre-me
Preciso de um pouco de ternura
Nesse tempo quente sem ventura
Mesmo que toda indelicadeza seja verdade
E precise ser dita
Mesmo que se perca o que se acredita
Para reencontrar o amor das palavras que nos circundam.

sábado, 27 de outubro de 2007

A palavra doce.

Como posso saber o gosto de algo que não degustei?
Posso ler teu sabor?!
Colocar vírgulas em teu perfume desnudo?
Acentuar um desejo na forma visível de uma paixão?
Ando escrevendo com pétalas na língua
Nos olhos, as cores de tua relva
E tudo que escuto é um absurdo de instintos gritando
Teu nome, sentido.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Oremos

.
Quando ouvia tua voz em mim, te imaginava diferente
A cor de tua pele, dos olhos e cabelos
Até então conversávamos no escuro...
Inocente, ainda criança, ao entrar na tua casa assustei-me.
Mas ainda guardei a esperança
O que ficou pra mim, durante anos, o silêncio?
Tiveste a mesma decepção que a minha?
O que posso esperar de ti no meio tempo de uma existência?
Outra semana santa?
Lá do alto daquele monte de sonhos
Tua estátua gigante faz sombra em nossa terra
Porém mais amedronta que acalenta meu povo
Ao redor, nos vários pátios e praças, vazias
Igrejas e imagens sem ideais, apenas dízimos, nada mais.
Não me encontro mais assim, no mínimo tenho uma desilusão
Apenas um Deus Branco. Mas eu sou filho de tantos, tantas...
Sinto muito. E de tanto sentir
Na dúvida, hoje
Minhas orações são pra o vento
O fogo, a água, o ar.
A natureza é meu lugar sagrado
A fé, uma menina, que caso cresça ao se tornar mulher
Poderá escolher ser o que quiser.
Esses templos não me servem mais
Podem até servir pra os mortos, essas paredes, essas velas
Mas que triste esse fim. Não o quero pra mim.
E nós, se estamos vivos,
Existe uma outra opção?

Creio, nos reste, como uma luz,
As canções, as danças, essas candeias
O sagrado que existe em nós.
Eu profano a ignorância.
Cantando e dançando em louvor a vida viva.

Aí sim! Com o tempo,
Até que a morte nos una,
E a terra nos ampare
E renasçamos,
Evoluídos,
Poderemos vislumbrar
Desfrutar
De poesias simples como a paciência das pedras
E sabedoria das árvores

Nessa mesma vida...

Eu tão pouco me ofereço um descanso
Uma solidãozinha de entreamor
Um momento para minha autodescoberta
Que você já me re-volta com esse cheiro de desejo por mim!
De-me um tempo, deixa-me ecoar por uns instantes num infinito sozinho
Quem sabe eu não me retorne real?
E ao nascer do dia meu rosto de sol
Beije tuas faces com uma ponta de luz entre os dentes
Numa sutil fração de horas em que a manhã
Nos seja eterna e sem limites
Como os amores impossíveis que se sustentam
Perdidos sem melodia, ritmo ou harmonia!
Minha querida, espere um pouco!
Precisamos seriamente cantar, declamar, sorrir...
Quem sabe até chorar um pouco, sofrer?!
Eu tenho uma leve impressão que já vivemos isso nessa mesma vida...
Não em outras.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Espessos

Hoje talvez eu realmente esteja espesso
E meus olhos, e um pouco dos outros sentidos,
Abstraiam esses sentimentos
De qualquer jeito, inevitavelmente,
Eu falo de tudo isso quando canto
E de uma forma ou de outra
Sempre acabo me tornando essa verdade.

É assim que interpreto
As cores refletidas
Em teu corpo (e movimento) nu
Investida em trajes de ensaio.
Agora é assim...

Um dia esse seu discurso muda...
A rima falta
Essa sua culta palavra se inculca
E vira baião, frevo, poesia!
Dançando como achar que deve!
Sem se importar.

Fantasia

A tarde cochila com uma leve cor de nostalgia
E nas insígnias fornidas pelo sol em minhas lembranças
Um delicado desejo de brincar no céu
Fez-me reacreditar nas coisas simples,
Pequenas aos olhares mais desatentos.
No fantástico mundo dos sonhos realizados
Eu fui criança e hoje conto histórias verdadeiras
Do mundo que inventei, da princesa que roubei
Da espada que ergui (pra proteger-la)
Das canções que fiz (pra louvá-la)
Dos inimigos que venci (pra conquistá-la)
É assim que vivo o meu presente
Sempre crente em tudo o que não sou!

Na realidade

É tudo um sonho.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Inércia

Em minha boca tua ausência tem um gosto presente
Sabor de poesia recitada a luz de velas
Incenso e carinho num absurdo de lembranças
Eu quem o diga, nessa minha distância alada
Sem força nem coragem de saltar
Sem voz nem melodia pra cantar
Estas palavras aqui estão, sem sentido.
Perdidas, em um plano que não é conspiração
Vagando num universo sem tridimensão
Inúteis sem diálogo ou reflexão
Sem valor pra quem compra idéias
Oração pra um deus ninguém
Ficção
Mentira sem intenção
Ou necessidade

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O valor de uma lembraça

Não, não tem preço esse cordão de prata
E só me apego a essa tímida lembrança
Na esperança de quem a vidas não cantava.

Rimas espaças de um desejo rancoroso.

Peço-te e ouço numa muda palavra
A confissão de quem só pôde sucumbir
Às minhas flores, minhas desvairadas somas
De canções tenras, sem juízo, inconseqüentes

E assim levo, enfim, outra eternidade
A convencer-te que a nós se guarda um destino
E não adianta contemplar a tarde sem tua companhia
Pois por tua causa, eu e ela estamos assim, sem brilho
E mesmo que hoje, o meu cordão só reflita a nossa paixão
Na falta de um chão, de uma imensidão, de uma luz
Tudo o que é sagrado e que me conduz
É essa cumplicidade distante que me beija os ouvidos

Agarrada em meu pescoço, reluz em meu peito
Uma velha lembrança sem valor material
Mas que tem o apreço de minh’alma.
Porque quando rezo pra ti, me elevo às nuvens
Em um amor maior que nossa ingenuidade.

Contudo por mais que haja um reencontro
Findamos sempre ressentindo a saudade.

Podes me escutar?

La do mais fundo, profundo
E verdadeiro sentimento!
...Queria você ao meu lado agora.

Sonhos...

Te faria e cantaria uma canção
Quase deitados no escuro da noite
Olhando as estrelas, apontando desejos
Em cada um dos infinitos universos!

Que pena tenho de mim
Que nem posso ouvir tua voz
Tenho de me contentar com lembranças
Que soam em meus ouvidos
Feito uma sinfonia surda
Orquestrando tua falta.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Sinais do Céu!

Rezo pra um Deus que não existe, ou só existe.
Em minha própria verdade sedada a incenso
No ar de cores infindas superiores
Onde se confundem as dores de um prazer que transcende

O vento solar, nos trás partículas de (um) amor divino
E aquelas histórias vão tendo um sentido racional
Versos, formas, em um “alter-eu” intelectual
Que se estende por séculos indecifrável
Nessa mesma impressão parda de pedras e perdas
Nos dois extremos de um mesmo corpo
Automático sentido, robótico gemido, elétrica sensação
Luz na sombra de alguém frente a frente
Com uma entidade que nos soma
A tudo o que precisamos em um só destino

A voz dos anos, dos anjos, dos sinos

E eu aqui esperando um sinal dos céus
Nestas magnéticas ondas celestes
Teu sorriso captando qualquer pensamento meu
Em busca de um momento maior de liberdade
Uma idéia melhor de identidade
Numa canção que reflita o que somos pra nós mesmo
Sentido e direção, realidade e ficção, ou tudo apenas
E um par de olhos como os teus
Ou apenas, simplesmente, inevitavelmente, os teus.

Distância

Ontem pensei ter escutado a sua voz
E não é que senti saudade?!
Absurda, essa distante honestidade
Demagoga, essa reflexão escrita
Sem poder pra te falar meus gestos
Pra te mostras meus olhos
Pra te beijar meus beijos.

Detalhes

É engraçado como estas pequenas coisas me afetam
Detalhes que poderiam ser carinhos
Palavras que poderiam ser poesias
E no mínimo um bocado de saudações
Frias como o café do ontem não tomado
Secas como as horas impacientes nos segundos
Entre cada interlúnio de meu peito.

Servirei de consolo pra quem precise
Sairei da mesmice das saudades
Comerei a vaidade sem mistura
Adivinho tudo isso em verdades

E te falo como quem sofre cantando
Violando toda forma de desejo
Confundindo o doce e amargo dos teus beijos
Numa lembrança de outrora sem juízo

Hoje racional, sem paixão, sem medo
Sem rima, acorde ou segredo
Somos apenas um romance não escrito
Não sonhado
Não vivido
Um “não” sem cadência.
Solto numa frase, inadequadamente sem beleza.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Semente de Esperança

Estas palavras voam numa canção
Simples como devemos ser.

Tenho andado e pensado assim,
Complexo, mas sem complexidade

hoje sou um vento que busca soprar o inevitável
Na ânsia de poder com serenidade
Cedo ou tarde, percorrer teu corpo!

E mesmo que não me veja
Com a delicadeza e fúria necessárias,
Pra uma paixão que pudesse nos exorcizar,
Você me sentirá, e me sentirá

Nos cruzaremos novamente
Se nos perceberemos ou sim
Se pararemos ou não
Essa não é mais a questão,

Trago a flor por entre os dentes
O cigarro dos enamorados
Puxarei a aba do meu chapéu
Agradecendo a ti e aos céus
Por toda felicidade passageira
E então levarei o que aprendi
Para um outro lugar e alguém que precise
De minhas canções e danças
Lançarei meu tímido sorriso e seguirei
Com minha arte
Semeando esperanças

sábado, 4 de agosto de 2007

Brincando, sorrindo e cantando em silêncio

Em tua tristeza eu andei cantado
Se não me engano até tentei dançar
Mas era tarde e a luz dos anos
Já me embalava para te ensonhar

É um segredo essa nossa casa
Só de janelas não da pra se morar
Façamos portas entre esses dois mundos
Cinema mudo, frases a te narrar

Em cores, sabores, poesias escritas
Eu firmo em palavras o que acreditas
E faço verdade o que construímos

Brincando com versos que encontramos
Cantando com o peito entrecortando
Soluços e risos de tua luz bendita

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Cruz de Estrada

Repetimos os planos, mas
Continuamos a sofrer desnecessariamente...

E se hoje fizéssemos tudo diferente?!

Exorcizaríamos o passado
E como uma cruz de estrada
Deixaríamos os nossos nomes
Fincados numa triste realidade
Presos

Como os santos que perderam a cabeça
Lutando por necessidade,
Perdidos entre o amor-Deus e a vaidade humana
Numa verdade relativa demais pra ser verdade
Nesse vale de lágrimas, caminhando em círculos
Dependentes da fé e orações desse mundo ateu.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Encruzilhada

Se os caminhos mudaram
Continuo no mesmo objetivo
Vejo as coisas igualmente diferentes
Como os sonhos e suas sementes
Como a velhice que alegre sorri sem dentes

Eu não desisto no destino que nos resta!
Infinito sôo, suo. Sou a dor que minha santisse manifesta
Rasgando a carne cedo ou tarde essa afiada disciplina
Me fará pressentir tua presença dissonante
Em sua inconfundível forma de falar cantando.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Insônia


A horas que eu temo não dormir
E o sono não vem
E o sonho não tem
Por onde acordar

Num reflexo de auto-piedade
Penso em tudo o que já fomos!
A essa altura meus olhos andam fechados
Mesmo assim ainda não durmo
Mas me envolvo com um som noturno de solidão
Daqui pra frente esses versos não são tão meus
E ao nascer do dia já serão poesia

Por tua causa...

Alma Cigana

A paisagem muda, me oferece um sentimento
Eu canto e me faço cinza num desencarno poético

Ao renascer, vejo minha voraz-rural-cidade
Envolta em uma áurea de luz verde
E meus sonhos se refazem à-vontade
Alegres soando num intervalo menor

Aguardando que uma ponta de sol possa colorir-me
Para que num sopro, essa distância já não nos divida.

Estou perdido em um universo qualquer de ansiedade
E sem esperar as velhas rimas de sempre, nem as de nunca
Eu lhe poemo!
Em tudo o que pude viver e sentir ao teu lado, perto ou longe de ti.

Já nem me tenho piedade, e essas dores, como flores, me reencantam.

Meu peito se acalma, se espalha,
Mas não se engana
Sou uma alma cigana
Dançando ao cantar.

domingo, 24 de junho de 2007

Domingo

E o dia começou inesperado. Assim,
Como a manhã que só nasceu de tarde.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Promessa

Em minhas horasões
Perco as contas entre os dedos
Vou entoando segundos
Na esperança de ti

Salve Rainha!

Na graça de teus olhos
Me cego e te sigo
Com fé eu consigo
Tua benção

Vem menina, me da tua luz
Eu me ajoelho aos teus pés

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Inspiração

Será que existe uma musa minha?! Quem é?! Ela é perfeita?!!! Nossa!
Quanto pano pra manga, papel pra escrever, tinta pra pintar, barro pra
moldar… Lagrimas pra ser. É necessário ser tão poeta enquanto sonhamos
com um mundo perfeito?! Existe espaço pra gente na realidade?! Tudo se
mistura, e é nesse delicado fio que discerne a realidade do sonho, onde
encontramos morada para o inevitável futuro. Destino?! (risos) Enquanto
isso eu rezo, me concentro e luto pra que tudo seja possível. Talvez eu
mereça ao menos ter uma alma pra que meu amor seja eterno.

Construindo Expectativas

Eu admito que a fiz
Concreta bela poesia ela
A razão me fundindo os sentidos
Raio de luz, o sol, na lua refletido

Eu inquieto, construo um teto
Pra morada d'um sonho:
- Quatro paredes e um chão,
Um pouco tocando a céu.
De canto me resumo
A um quadro
Em um quarto nascente bonito pra chover

É o que vejo pela janela.

Ela a imagem dela no horizonte
Tão linda, bela.
Tão perto
E distante.

domingo, 20 de maio de 2007

Pois é...

O dia anda deitado, cansado
Se escorando pelos cantos

O velho ventilador sacode a cabeça
Refrescando uma lembrança
Que me embala na rede

Pela janela um retângulo de luz é minha felicidade
O céu, só alegria pras crianças
E eu sou um gigante nas nuvens
Montando um sonho vento afora

sábado, 12 de maio de 2007

Lembranças Futuras

Quanto tempo se passou
Desde que perdemos o juízo?
E a loucura de aceitar essa distancia
Outras possibilidades,
Fugir do destino,
Não admitir o que sentimos

Quanto tempo já perdemos
Desde que não mais sonhamos?
É tolice admitir que não existe
Um futuro apos cada instante
Cantar saudades
Anunciando reencontros

No olho desse furacão
Descansam o amor e a paz
O sonho acorda e se faz real
O mundo inteiro vira nosso quintal
E todas as crianças brincam.
Clarice voa no vento da tarde
E não teme cair em meus braços
Ela inocentemente nos ensina
Que o medo só existe pra crescermos

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Sonhos

Penso em me jogar na frente do seu destino
Sem temer correr algum dano,
Ou seguir dando longos passos até o futuro
Pra que assim, eu possa te dar em dobro tudo o que me darás

E antes que possas imaginar
Seremos muito mais que poesias
Que escrita às noites e recitada aos dias
Nos trará tardes de felicidade em canção.

Que caibam em nosso quintal, abelhas e flores
O doce caminho de ser mel em tuas cores
Combrindo o céu com os desenhos que pintamos!
E até que realmente não sejamos apenas sonhos,
Continuarei entoando esses docenantes acordes
Em seu coração.
Inevitavelmente.
Como um sopro, um pontilho
Uma balada, uma toada
Como tinta esparramada
Ou suaves pinceladas
Um quadro, uma viola
No quarto, na sala
Nossas expressões
Apaixonadas

Cicatriz

Fitando o sertanejo céu da Latino América
Sinto a tua vontade de voar
E reparando bem em tuas palavras
Vejo que teu desejo é bem mais profundo!
Como o corte que nunca estancou
Como a ferida que nunca sarou

Eu também nunca tive cicatrizes
Sigo com as chagas abertas

O toque de recolher os sonhos
A marcha que estremece o coração
A razão torturada, não consigo esquecer

Suor

Criança dos olhos sorrindo
Voemos até o céu, que o dia esta lindo

Eu agora só quero sentir
O sol me diluir
Numa poesia d’água
Pra eu ser nuvem
Chuva, e te molhar

Suor de um deus dos sonhos

Sereno a tragar o infinito.

Sem sentidos

Tua língua sem gosto
Teus olhos sem vista
Teus ouvidos moucos
Teu toque sem pistas
Teu cheiro sem flor

Me enlouquecem, me torturam
Me maltratam o coração
Me embriagam num silêncio
Sem sentido, sem razão

É o desejo rasgando as vestes da alma
É a vontade queimando a todo vapor
É magia, segredo, paixão sufocada
É uma cruz de estrada marcando essa dor

Lembrança do que passou!
Passou?!
Lembrança.

Driblando os sentidos

Quando teus olhos se encherem de lagrimas
Por conta de um cisco ou outra coisa qualquer
Não se preocupe, eu estarei sempre lá pra te ajudar
Segurar a tua mão, te fazer uma canção, e cantar...

E se a dor de homem ainda me apertar
Eu o serei! O suficiente para aceitar
Que tudo que sempre quis foi teu beijo
Driblei os sentidos e me fiz teu desejo

Mesmo com tantos anos idos
E uma vontade sem volta trazida nas costas
Ofereço alguns sonhos e uns restos de poesias
Em troca de tudo que você seja e o que almejas

Sem contar tudo o que passou aos segredos
Para todos como um conto, uma lenda
É muito amor o que nos move
Tudo mudou! Mas continuamos os mesmos.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Segredos do vento

Serenou, serenou felicidade

A manhã me irradia

Ontem mesmo eu fui tempestade

Hoje eu sou calmaria 

Ontem eu fui tempestade

Hoje sou ventania

Já tive clima enubrado

Já fui verão, insistia!

Estive junto e sozinho

Sonhei, vivi, fiz canções

Pétalas da flor dos dias

Semeando estações


E reveio o amor que brincou, renasceu

E crescendo a amizade

Deixou de ser, pra ser novamente

Se transformando como a nascente

Desenhando uma saudade


Virando sol, banindo o frio

Deixei de ser pra ser novamente

Um vento agreste, arredio

Varando o céu, num desafio

Se transformando com a nascente


Serenou, serenou felicidade

A manhã me irradia

Ontem mesmo eu fui tempestade

Hoje eu sou calmaria

sábado, 14 de abril de 2007

- Hoje acordou com vontade de virar nuvem e sair chovendo por ai?...

Espero que vire neblina, chuva e tempestade
Seja flor, fruto e até arvore
Que orvalhe!
Seja chão, seja céu, infinita e se propague
Seja bela e até mesmo não
Contanto que sempre seja poesia
Escuro da noite, luz do dia
Raio, relâmpago e trovão
Sono, sonho e até mesmo pesadelo
Tenha coragem e tenha medo
Mas que tudo seja de coração
Sentimento virará melodia
Razão se fará harmonia
E a dor te ensinará então.
O tempo mostrará que não minto
Ao se deixar levar pelo instinto
A vida te trará outro ciclo
E tudo isso ja será uma canção.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Colorindo o céu

Hoje eu encontrei rabiscos
Em nossos sonhos em branco
De tudo que desenhamos dançando
Em ethereas valsas coloridas

Caleidoscópio, rodopios e desejos
Antes dos incandescentes beijos
Causados por suas adoráveis chatices

Tantos dias encantados na eternidade
De uma história que sempre viveremos
Nos amando e brigando
Brincando e sorrindo!

domingo, 25 de março de 2007

O Tempo e o Vento

Se não fosse o céu chuvoso
A falta de intenção do destino
E as lembranças indo por água abaixo

As nuvens nunca desenhariam
Nossa infância e eternidade deitados
Os carinhos e inocência o jardim

O velho chapéu na cabeça
O Cabelo e barba démodé.
Do sorriso, nunca se esqueça!
.Ele sempre foi pra você.

As besteiras de menino, o carinho
Meus olhos, teus olhos sorrindo
Os momentos eternizados, cantando
Tudo agora faz sentido, sentindo!

Quero te escrever como nos velhos tempos
Ouvindo tua voz, a natureza dos ventos

fotografia

Mas é verdade!
Não desconsidere que sua beleza me cativou
Agora me resta essa intensa curiosidade
Quero apenas confirmar minhas certezas...

Teu jeito falando muito
Os olhos mesmo à distância
A dança congelada pelos sonhos
Teu vestido de cores refletidas
Os lábios eternizados
Com uma timidez que me desmorona

Mesmo em fotografias
Eu vejo teu movimento
Ouço teu sentimento
E por luz tu és poesia

Conto de fábulas

Ela teme que eu lhe dê um sonho
Que eu lhe construa um castelo

Eu sou um príncipe dragão
Por dentro tenho fogo e desejo
Na boca, cantigas de benfazejo
A fundir amor e paixão.
Posso te despertar desse sono
Mas acordarás num conto de fadas
E eu serei teu protetor cavaleiro
Nosso reino nascerá de um beijo
E minha espada te protegerá
Pela lonjura dos dias

Ela teme que eu lhe dê um castelo
Que eu lhe construa um sonho

sexta-feira, 23 de março de 2007

Lágrimas

Eu contei estrelas e em minhas mãos nasceram flores
Ao sentir, segui um atalho e não me perdi
Desafiei o impossível e aqui estou eu cantando
A cabeça cheia de sonhos e o coração pulsando

Me serviu sim, o medo! Pra conhecer a coragem.
Hoje ponteio a distancia entre o sim e o não
Os segredos das horas sem caminho
E os jardins que cultivo no coração

Se há sangue em minhas mãos, são os espinhos
Das rosas que sempre irei te dar
Se estas são lágrimas derramadas por necessidade
Então minha menina, estamos aprendendo a amar!

sábado, 3 de março de 2007

Fitando o Céu!


Entre unhas e dedos
O barro de meu coração agreste

Um brilho estampando a retina
E o teu olhar celeste.

Enquanto nossos sonhos brincam
Despertam os desejos entre o céu e a terra
E como se fossem meteoritos tocando o chão
Nossos beijos se transformam em pó de estrelas
Se chocando na atmosfera

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Sinta o que lhe digo!

Porque insisto em preferir
O teu não disfarçado de sim?

Tua pobre defesa de que nada foi certo?

Ensaiamos, mas quadro a quadro
Teus instintos se perdem em meu cheiro
Ao tocar-me, sentirás o sol nos ouvidos
Harmonia soando agradável
Simplesmente lhe tocando os sentidos
Como um filme de final improvável

É verdade que temos problemas
Mesmo assim tudo isso é cinema
Incolor aos teus olhos, receio.

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Dentro de mim

Num futuro bem proximo
Se fará o recomeço
Um pouco de poesia
Em velhas frases de carinho eterno

Num sono de sonhos-saudade
Com os castigos todos passados
A dor me ensinou acordes

Necessidade para não solidificar-se
Mergulho profundo, imersão

Nossa história pode até ser triste
Porém será sempre uma bela canção!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Faz de Conta

Você que leu meus lábios
E o mais intimo desejo
Dançou nos meus olhos
E decifrou verdades escondidas

Em meio a tanta timidez

Você que se me encanta
Traduz o simples e complexo mundo
Do nosso real faz de conta
Me trazendo paz, amor e sonho

Eu trago tua voz e em transe
Tudo aquilo que não entendíamos,
Ancestralidade e transcendência.
Agora é a luz que nos guia!

Cantemos...

Olhos que voam! Sonhos e trovoada
Cantigas de roda, estradas de algodão
Sorrisos de brilho infinito.
As canções de nossas vidas cantamos ao vento
O destino é graça que Deus nos deu
Fantasia eterna de um amor que surgiu
Como um baile de mascaras
Nos descobrimos!
E não ha segredos para a felicidade...