As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Segredos do vento

Serenou, serenou felicidade

A manhã me irradia

Ontem mesmo eu fui tempestade

Hoje eu sou calmaria 

Ontem eu fui tempestade

Hoje sou ventania

Já tive clima enubrado

Já fui verão, insistia!

Estive junto e sozinho

Sonhei, vivi, fiz canções

Pétalas da flor dos dias

Semeando estações


E reveio o amor que brincou, renasceu

E crescendo a amizade

Deixou de ser, pra ser novamente

Se transformando como a nascente

Desenhando uma saudade


Virando sol, banindo o frio

Deixei de ser pra ser novamente

Um vento agreste, arredio

Varando o céu, num desafio

Se transformando com a nascente


Serenou, serenou felicidade

A manhã me irradia

Ontem mesmo eu fui tempestade

Hoje eu sou calmaria

2 comentários:

Roberta disse...

Sujeitinho atrevido!
Me ilumina com seus textos como se chegasse a mim trazendo o sol pelo braço, sorriso pendurado no rosto, violando cavalete e fita amarela em sopros...

Flauberto Gomes disse...

AÍ CARA, TA MUITO LEGAL!
ABRAÇO!