As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Nessa mesma vida...

Eu tão pouco me ofereço um descanso
Uma solidãozinha de entreamor
Um momento para minha autodescoberta
Que você já me re-volta com esse cheiro de desejo por mim!
De-me um tempo, deixa-me ecoar por uns instantes num infinito sozinho
Quem sabe eu não me retorne real?
E ao nascer do dia meu rosto de sol
Beije tuas faces com uma ponta de luz entre os dentes
Numa sutil fração de horas em que a manhã
Nos seja eterna e sem limites
Como os amores impossíveis que se sustentam
Perdidos sem melodia, ritmo ou harmonia!
Minha querida, espere um pouco!
Precisamos seriamente cantar, declamar, sorrir...
Quem sabe até chorar um pouco, sofrer?!
Eu tenho uma leve impressão que já vivemos isso nessa mesma vida...
Não em outras.

Um comentário:

Anônimo disse...

É que tudo se repete e mais um vez. É o retorno absurdo à minha boca das palvras que eu já disse ano passado, ontem, hoje de manhã. É que o tempo faz ciranda na varanda da vida da gente! E a gente tem que fingir que vive tudo pela primeira vez!