As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Teu silêncio ritual

Um grande beijo demorado
No canto direito superior de tua boca
Beirando um desejo que pacientemente
Aguarda uma língua vindoura e oportuna
Em um momento inevitavelmente necessário
Vencendo o espaço tempo
E teu silencio ritual
Enquanto canto e tu só me escutas
Pela minha insistente vontade de te conquistar

Cuida-te!
Se tenho talento e beleza
Eles são teus
Deixe-me lê-la e escrevê-la
Que o respirar em teus arredores será vital e doloroso

Impacientes, os anos me cobram uma iniciativa
E minha idade briga com paixão por esses sonhos tolos
Sonhos que nos movem enquanto envelhecemos
Sendo apenas parcialmente felizes
Não se engane! Se não me engano, eu me apaixonei por ti
E a realidade me impulsiona a algo que terá sua hora
Reze pra que eu seja verdade
Que eu te realizarei todos os nossos desejos!

Um comentário:

Anônimo disse...

é essa Dr.! A melhor poesia sua ao meu ver! Gostei muito.

É forte...como um suspiro quando deixa as palavras escaparem do peito.