As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Entrelinha

Eu duvido que esta tua vontade alem dos versos seja apenas uma entrelinha
E me dou a ti, em minha verdade, minha humilde capacidade de enxergar um pouco além
Mesmo sem olhos, apenas direção, como disse Ana em sua vida-canção
Atrevendo-me a ser um discurso mudo em sua voz mais alta
Eu rasguei meu papel em sua simples existência, real.
Desdobrei-me em espírito em minha sã consciência.
Vivo. E agora?

O que resta?...

Uma canção?
Uma poesia?!
Uma palavra?
Um fonema?...

A todos vocês que lêem a minha vida.
Façam-me um favor, eu apenas peço:
- Interpretem-na, ao menos, ao máximo
Com os devidos sentimentos necessários!

Ou a vivam como quiserem.

domingo, 4 de maio de 2008

Marcado

Se me pedes pra lembrar o passado
Eu te digo pra esquecer o futuro

Na estrada em que os sonhos se perdem a andar
Eu vaguei sem destino, com tua lembrança
Tua insistente presença a me acompanhar
Furei-me nos espinhos, tropecei nas pedras...

Tomei chuva e sol
Embriaguei-me de poeira
E o vento me congelou.

Teu beijo me marcou
E até hoje ainda perfuma
Saliva, sangra e dói
Em minha boca.

Gaivota

E quando estou no teatro,
E o beijo é falso?
E eu contemplo minutos sem saber?
O que fazer?
O meu desejo é temer
Pra acreditar em você
E voar como as gaivotas...

E é como se eu quisesse vê-la
É como se eu quisesse tê-la
Como se eu quisesse sê-la

E se eu cortasse meus cabelos?
Ou os pulsos?!
E se eu fizesse a barba?
Ou as pazes?

Acreditarias em mim?!

Mesmo sem partir, eu irei te escrever
Mas não espero que você viva essa personagem!

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Me escuta!

Sinta-se beijada da cabeça aos pés
Onde posso e onde não
Onde devo e não

O importante... (-Devaneio)

É sentir minha língua profanando o teu templo sagrado da saudade
Disseminar a discórdia entre essa distancia e o tão sonhado beijo
Desacreditar da inútil fé naquilo que podemos e não concretizamos
Um dia sonhado é apenas "um dia sonhando" enquanto não deixar de ser
O poder da realidade está em nossa sina humana

Me surpreende essa tua vontade de querer-ter-ser poesias
Ponha-se no seu lugar
És estrela
És lua
És noite!
Volta pra o céu que te pariu e não me deixe mais em paz enquanto de olhos fechados
Eu te observo e canto
Eternamente.