As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

domingo, 4 de maio de 2008

Marcado

Se me pedes pra lembrar o passado
Eu te digo pra esquecer o futuro

Na estrada em que os sonhos se perdem a andar
Eu vaguei sem destino, com tua lembrança
Tua insistente presença a me acompanhar
Furei-me nos espinhos, tropecei nas pedras...

Tomei chuva e sol
Embriaguei-me de poeira
E o vento me congelou.

Teu beijo me marcou
E até hoje ainda perfuma
Saliva, sangra e dói
Em minha boca.

Um comentário:

Unknown disse...

Embora inspirado no espetáculo, me parece que cerrega uma dor própria...
Muito bom...e muito forte tambem