As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Onde está?

Onde está aquele sorriso
Que iluminava o meu caminho
Que me mostrava um destino
E que cantava?

Onde está aquela vontade de percorrer os versos
Antes que saiam da boca
Antes que fiques louca
E a vida míngüe?

Onde estão os teus sonhos?
Tua saudade desesperada?
Teus absurdos de amor no pé do ouvido?
Eu duvido, duvido que não se lembres de mim!

Teus olhos onde estão?
Teu cheiro?

Teu vício? ...Sou eu?!
Tua fome?! ...Sou eu?!

Sua vida
Onde está?
A dias te procuro,
E sigo sem acompanhamento
Minha voz solitária gritando o que não sei cantar
O que não tem palavras, ritmo,
Sentimento quase imusicável
Que não existe em ti

Ou, sou eu que não existe em ti? Não mais?...
Tu em mim, onde está?
Ando assim
         murmurando
Algo relativo a você!

Mas que não é teu nome
Não é teu lugar
Tuas idéias, não são.

Sem mais o que dizer
Tento cantar...

Onde está aquele sorriso?...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Quem já se viu?!

Sabe?!...

Não importa a idade, a experiência
O ângulo, a lente, à ciência
Tudo vira lembrança e dói
A saudade chega e desconstrói

Um dia fechamos os olhos
E sem dar fé

Anoiteceu, amanheceu
E a vida passando!
Anoiteceu, amanheceu
E apenas sonhamos!
Anoiteceu, amanheceu
Entardecemos.

Quem já se viu?!

Sentíamos tudo
Sabíamos tudo
Vi-víamos tudo

E nem nos avisamos!