As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O Tesouro do Céu



No que você se dispõe comigo
Contando as vidas, na trilha da existência
A ciência dos céus
Os horizontes da vã espiritualidade?!

Menina encantada no firmamento,
O que posso eu fazer pra que tu me sejas um pedido?
E que se realize, sem que precises também deixar de ser sonho?!
Eu sempre contei estrelas, mundos e anos-luz de possibilidades
E nunca temi que em meus dedos nascessem inverdades

Meu mapa astral me levou a ti.
Dos confins do hemisfério sul, observo o cosmo!
Meu sertão lendário de poesias cadentes.

Eu um sumério a desbravar desejos sem limites
Um cariri a tragar mistérios, acredite!
Prevejo o futuro recifrando nossos mundos
Em canções que brotam do mais profundo âmago

Os que somos, o que fomos,
O que desenharemos nas nuvens e além?
Nas constelações?!
O que faremos pra nunca deixarmos de ser elementais?!

Na falta de gravidade, uma gravidez imprevista
Os olhos me saltando a vista
A dádiva mais sutil do universo
A rima mais pueril dos meus versos

Foi o que aprendi em tantos planos vencidos
Evoluindo em danças circulares ethereas
Minha alma que sempre foi tão séria
Hoje sorri cantando em lágrimas
Uma velha canção à capela

3 comentários:

Patrícia Muniz disse...

Pedidos a estrelas (cadentes ou não), verrugas depois de contá-las, simpatias, profecias, encantamento.
Que mundo mágico é esse, tão real pra o povo "lá de nós"?

Você já ouviu dizer que no Juazeiro o firmamento se dispõe na posição contraria? Coisa do Padim, claro!!
Eu já tentei racionalizar isso, e explicar a alguém que o seu senso de direção não era bom. Tive que aprender que meu senso de poesia não era dos melhores.

Obrigada pelo passeio nas noites do Cariri.

Ana Muniz e o coletivo disse...

Olá!
Muito obrigada!
q bom q gostou!
espero fazer sangrar mais vezes por ai...
=)
suas poesias são ótimas tbm! li algumas.
bjos!

La Folle disse...

hm, umm Cariri? quer dizer um indio? cariri xoco? rs se não for perdoe minha ignorancia!
Sou de são paulo... cidade da fumaça ops da garoa!
Muito bonitas sua palavras=)
poesias misticas?