As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Espírito de Barros




O que é isto em teu rosto nu?
Marcas de uma outra vida não mais tua?
Será que outro podem ver o que vejo?
Estes traços de vaidade
Escondem-se de mim quando "não sou"?

Te vi agora por um ângulo incomum aos nossos contos
Te desconheci só agora, por insistência do meu orgulho, acho
A décadas, nas dúvidas, nas dívidas transformadas em dádivas,
Eu escolho o que nos agradar em memória do que não houve

Não, não irei só por mim sem traçar os planos através dos tempos
Porque é nesse meio termo de uma paixão
Que deixei pra trás tantos livros vividos pelo chão
Pois na realidade, estão em meu coração,
A experiências nos olhos dos que escrevem sonhos
As margens dessa visão de tantos espectros
E aspectos introspectos

Aceitaria uma volta ao mundo?
Uma flor, um jardim suspenso!
Todo o absurdo contivel
Em uma bobagem minha?!

2 comentários:

Roberta disse...

"Não, não irei só por mim sem traçar os planos através dos tempos
Porque é nesse meio termo de uma paixão
Que deixei pra trás tantos livros vividos pelo chão"

Isso tá lindo, Junior! Me perco nas entrelinhas das suas viagens poéticas...

bjo meu.

Rachel Souza disse...

Bonito! Ver o rosto do avesso é pra poucos.