As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Inventemos-nos

O que eu poderia te desmentir que você não soubesse?!
Alias tudo que te falo inexiste

E por isso que acredito, tanto, nos sonhos.
São minhas formas de dizer o que não pronuncio!
É o que tenho e deixei guardado
O que te dei e ficou comigo
O que chegou mas é sempre esperado

A omissão da verdade não é um silêncio
A palavra não dita, não escrita
Não existe pra nós, lembre-se!

Ela fica entre a primeira e a segunda pessoa
Do singular pronuncio do desejo. Realidade!

Sim! Realizaremos todos os nossos anceios

Se tu acreditar que o que construo
É tudo que te injurei ser mentira

Viverei e morrerei
Reinventando encarnações
Pra te encontrar!

Verdade ou não.

Inventemos-nos!

2 comentários:

Roberta disse...

muito bonita...

Anônimo disse...

Lindo....
O olho do observador interfere no objeto observado. Só um fantasma se embrulha no seu passado, explicando a si próprio com autodefinições baseadas numa vida já vivida. Você é aquilo que escolhe ser hoje, não o que escolheu antes.