Sigo a voar pelo mundo
Acompanhando o sol
Num eterno meio-dia
E no espaço de sonhos
Onde as poesias do tempo
São de minha autoria
Pouso no Araripe
E ao aterrissar nos olhos
Cariri que sôo
Logo me toco!
E te realizo.
Minha artesã-nata-canção
De terra, semente e esperança
Adivinho o que virá pela frente
Como um ritual de pajelança
Logo te toco
E me realizo...
E então somos verdade
Num transe
Anunciada
Escrita e cantada
A duas vozes e quatro mãos
Beijos ofegantes de paixão
Minha centelha da Mãe D'água
Envolvida em capuchos de algodão
Sou um caboclo de asas
E minhas palavras de fogo
São profecias Cariris
Varando a tristeza
E a maldade do mundo
Realizando-nos!
As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
4 comentários:
Logo te toco
E me realizo...
E então somos verdade
Adivinhada
Anunciada
Escrita e cantada
Continuo sempre alerta, lendo meus sentimentos em seus poemas, esperando o livro, esperando um show na Serra da Borborema...
Grande abraço
Aninha
Bonito!
Seguindo a dica da Aninha Santos, visitei seu Blog e peço autorização pra publicar essa belíssima poesia no meu.
Um grande abraço mineiro
Ô Deus, às vezes bate uma saudade danada...
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