As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Interpretando


Roubarei seus mitos
Vestirei as mascaras de seus ídolos

Revestirei teu corpo de mim
E assim, serei teus sonhos não realizados

Teus medos transparentes
Transpassados
Transmutados

Tu me odiará
E me adorará
Sem diferenciar
Fé e descrença

Porque eu te darei minha cena
E esta não será uma participação pequena! Não!

Na nossa banda de cá do mundo
Não serão feitas marcações
Não serão lidas partituras

Sentiremos a dura vida
E improvisaremos

E nos tocaremos
E tocaremos

Da forma que quisermos!

Eu nunca lhe disse
Que só acredito no que toco
Que só interpreto o que vejo
Allegro-me
Presto atenção no que faço
Mas não me prendo aos compassos
Da canção entre minha voz e teu beijo

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