As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O que lhe fiz sentir


Minha vinda aqui
Foi pra te encontrar
Te encantar, te conquistar, é levar...
Mas, uma pequena solidão veio e ensinou-me
Com aquele mesmo carinho com o qual você me abraçava

Uma estrela no céu do sudeste
O silencio ritual que me deste
Pra pensar melhor
E cantar as coisas que não falo.

Eu que já estive pior
Hoje tenho tua lembrança ao menos
Tenho tua esperança ao menos.
Recordo da tua bagunça na hora de amar
A inquietação das perguntas.

O que lhe fiz sentir
O que me dei a ti

Como o meu cheiro te marcou
Como o meu beijo te desarmou
Como minha existência te afetou
O amor que te seqüestrou e devolveu
A um mundo que não mais era meu

Tua voz e palavra recriando tudo o que existimos

Um comentário:

Patrícia Muniz disse...

"Como o meu cheiro te marcou
Como o meu beijo te desarmou
Como minha existência te afetou
O amor que te seqüestrou e devolveu
A um mundo que não mais me pertencia"

nao sei se porque está chovendo agora, mas eu senti um cheiro bom enquanto lia teu poema. Acho que é cheiro de saudade. :)