As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Andante


Não encontrei a fonte de minhas palavras
E descrevia toda e qualquer forma de pensamento meu
Seguindo com os olhos cansados e essa sede de idéias

Incandescente

Andante

Os sentimentos me subiam a cabeça
Vinham não sei de onde
Talvez da terra que pisara
Agarravam em meus pés
Como a densa lama do Rio no verão
Da poeira e das chuvas em que, não sei não!
Vinham não sei de onde
Talvez do ar que eu respirara
Penetravam em meus pulmões
Rasgando os restos de solidões
Que a fumaça da juventude deixara

A barra pulsante da paisagem desenhando as letras
Hipnotizou-me, dominou meus olhos
Que das idéias pras mãos em sentimentos
Reafirmava o triste indicio de estar só

Eu escolhi esse destino
Não me arrependo dos “nós” que desatei
Pra não dar corda a saudade
Meu silencio é um ritual sagrado
Como o teu divino olhar estático

És a santa do altar dos meus delírios
Minha fé cega que enxerga a áurea dos encantados

Ser de luz das minhas noites
Estrela maga dos meus céus
Mesmo nas dimensões mais distantes dessa vida aqui

Eu tenho você em meus entre-sonhos
Dançando nas chamas das fogueiras onde acantono
Aquecendo-me, ao preparar meu alimento sagrado

Rezo pra que as manhãs vindouras não sejam apenas ilusões
Descanso meu corpo esperando que minh’ alma também o faça
Porque daqui pra frente tudo é futuro.

3 comentários:

Luciana Dantas (Asas do Tempo) disse...

Aê Seu Doutor!
Passo tão somente para deixar esse singelo escrito. É de coração, menino, e vai como retribuição a uma poesia que vc me escreveu já tem um bom tempo. Fica bem. Felicidade em tua jornada.

Moço

Mesmo que eu te descreva, aí onde tu estás
Não teria nenhum verso para poder comparar
Com a beleza de tuas asas, com teu canto de paixão
Mesmo escrevendo sem noção, nem a loucura alcançaria
A beleza que te rege, moço dessa poesia

Nem mesmo a noite tem o negro dos teus cachos
Nem mesmo o sol o clarão do teu sorriso
Quem sabe a lua se aproxime do mistério
Do teu encanto, moço do jeito modesto

Todos os astros alinhados em orquestra podem tentar
Mas não há como o poeta, dono dessa oração.

L.D.

Unknown disse...

Ai, nem sei se me curvo ao seu poema ao ao de Lú que de tão bonitinho e simples ficou a sua cara Junior.

Junú disse...

Ai meninas! Agradeço ao carinho de vcs!

Lu, saudade de vc! Como vc tá?!

JOana! BJ, tambem!!!