Numa visão oblíqua sob a luz que reflete tua imagem
Sondando as mil e uma possibilidades de teu sexo
Deparei-me assim com o inesperado
Uma saudade não comparável ao que vivemos.
Aproximou-se de nós um certo futuro
Mas os sutis desenhos do universo
Não nos permitiriam no momento
Aqueles vôos sem sentimentos
Assim, aguardei em pensamentos
Que tudo fosse perfeito
Que tudo fosse imperfeito
Como no mundo real
Dores e amores, luzes e cores
Tão claras e necessárias
Quanto o escuridão
Em que caminhávamos e parávamos
Dormíamos e sonhávamos
Sem temer tantos inevitáveis pesadelos
Na ausência tua
Aprendi a enxergar de outras formas
Com outros sentidos
Mesmo contidos
Idos, os anos
Re-voltando-se
Contra nós
A nosso favor
Tudo pela felicidade
Luz e sombra
Foram necessidade
As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?