Renato Alarcão
Sorridentes, desprendidos, fizemos festa e cantamos
Alegria não sobrava, tomávamos tudo
Se o sofrer se achegava, ficava mudo!
Tudo que ouvíamos, sentíamos
E curtíamos, ignorando a dor
Nosso espetáculo foi indo. Lindo
Até que se acabou
Nosso mundo era perfeito
Me recordo do beijo que me marcou
Teus lábios me rasgando a pele e adentrando
No templo sacrário onde rezei tua canção
E com unhas e dentes, quentes
Você, ferrando-me o coração
Ensaiamos na sua vinda da mesma forma que sonhamos
Com os improvisos, e as marcas que deixamos (combinamos)
E que nos guiaram, quando na escuridão
Nos concentrávamos nos personagem e nas falas em questão
Estreamos nossa vida da mesma forma que pensamos (ensaiamos)
O trapézio, o equilíbrio, o circo em chamas que armamos
A dança, o fogo
O truque, o jogo
O público desesperado
Todos apenas aguardavam
O fim do nosso amor
A tanto anunciado
A banda rufava!
A luz sombreava!!
A platéia enlouquecia e sonhava!!!
A bailarina abriu os braços e voou
Se encantou...
E agora! E nós?!
Não precisamos mais de suas palmas
Tanta alegria nessa tragédia não me acalma
Podem ir embora
Eu sou um palhaço
Ela mesmo falou.
Minha vida não tem mais graça
Já não me interessa
O que seja verdade ou farsa
O espetáculo acabou.
9 comentários:
ah...rs
amor que passa ligeiro
fica nas entrelinhas da corda bamba
no sorriso terno
de um palhaço bobo
de saudade boba
para a bailarina bela
ensaiemos a volta.
rs
O espetáculo tem q acabar pra q recobremos as forças, depois ele volta.
Sim. Mas esta é uma outra história! Hahaha
Bjs
GERALDO JUNIOR DO PEITO ÍNDIO REPRESADO QUE DESÁGUA?
tão tão bonito...
Oi, o Cordelirando está com a campanha+promoção: Ajude Salete Maria a CORDELIRAR!
Dá uma conferida e, se der, participa e divulga, por favor!
Abraços!
Que lindo, Ju... Encantador...
o quão doloroso é o final...
mas a(há) esperança de um (re)começo nos instiga a continuar!!!
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