As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sábado, 5 de dezembro de 2009

A vida é o que acontece enquanto planejamos o futuro

Quando falo em você
Estou falando em mim

Presença e ausência
Partida e chegada
Saudade e reencontro
Idas e vindas
Sons e silêncios
Notas, as pausas
O cheiro do incenso
O que sinto
O que penso
Tudo o que trago e esqueço
A certeza das manhãs e noites.
Ou nas tarde da abalável fé infinita
Na madrugada, onde dormem e acordam lembranças
De te ter, te dado ou não
A clareza do meus olhos marcando estações
Como relógios d'água
Em lágrimas, sentimentos tantos!
Teu sopro passou por mim, outro dia
Tive essa impressão, outro mês
Que ao redor da terra,
Ao redor do sol, outro ano
Se foram muitas luas, em outra eternidade

A canção tímida
Rígida,
Da tardança do movimento de sua equinocial.

2 comentários:

Alana Morais disse...

Lindo, como sempre!

PS: Clarice Lispctor chamaria isso de Estado de Graça
rs.

Unknown disse...

'tardança do movimento.'

quando a palavra deixa de ser sua e passa a ser do outro, pele leitura do outro.
leio essa frase inúmeras vezes e em cada leitura um algo diferente.