Daqui a pouco
Termina o agora
Vem menina
Corre um pouco
Ainda da tempo
Irmos embora
Pra o amanhã!
As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Caririaçu
Em meu cavalo de aço
Tocando o céu
Na casa do alto
Como quem vai a capela
Vindo de castela
Em um só salto
Vôu
Cariri
Também penso
E sinto
Em Iansã
Valei-me meu Padim Cíço
Warakidzã!
Tocando o céu
Na casa do alto
Como quem vai a capela
Vindo de castela
Em um só salto
Vôu
Cariri
Também penso
E sinto
Em Iansã
Valei-me meu Padim Cíço
Warakidzã!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Desconcertado
Uma horas dessas
Pronunciando um estrondoso silêncio
Em uma algazarra divina
Sinto desejos falando de dentro.
Posso estar louco, ou sonhando.
Talvez seja uma mera saudade.
E se não for?!
O que seria na verdade?
Um desleixo de meu orgulho ou maturidade,
Um relaxo de minha vaidade?
No que estou pensando?
Maldade, a essa altura, esse sentimento.
Como posso estar calado e ainda assim cantando?
Tudo bem, pode ser que eu esteja cansado dessa vida
Com vontade de comer chocolate, andar de bicicleta
Ou mesmo sair voando.
Mas também, pode ser simplesmente, talvez quem sabe
Numa teimosia do tempo, ignorando o peso da idade
Uma adolescente paixão me desconcertando...
Pronunciando um estrondoso silêncio
Em uma algazarra divina
Sinto desejos falando de dentro.
Posso estar louco, ou sonhando.
Talvez seja uma mera saudade.
E se não for?!
O que seria na verdade?
Um desleixo de meu orgulho ou maturidade,
Um relaxo de minha vaidade?
No que estou pensando?
Maldade, a essa altura, esse sentimento.
Como posso estar calado e ainda assim cantando?
Tudo bem, pode ser que eu esteja cansado dessa vida
Com vontade de comer chocolate, andar de bicicleta
Ou mesmo sair voando.
Mas também, pode ser simplesmente, talvez quem sabe
Numa teimosia do tempo, ignorando o peso da idade
Uma adolescente paixão me desconcertando...
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Tocando a vida
Ela ja nem mais me ouvia mesmo...
Um dia, então,
Cansado dessa desarmonia
Após um determinado silêncio
Toquei minha vida em frente
Ela assim, percebeu minha ausência
E sentiu saudade
E pensou, e sonhou
Lembrou-se do tempo
Em que o sopro quente de minha voz
Embalava seu sono
E fazia-se presente
Mesmo quando dissonante.
Um dia, então,
Cansado dessa desarmonia
Após um determinado silêncio
Toquei minha vida em frente
Ela assim, percebeu minha ausência
E sentiu saudade
E pensou, e sonhou
Lembrou-se do tempo
Em que o sopro quente de minha voz
Embalava seu sono
E fazia-se presente
Mesmo quando dissonante.
O porque de meu silêncio
Se eu disser que é mentira você saberá que é verdade
Por isso, o meu silêncio...
Não tenho falado
Não tenho cantado,
Não tenho pronunciado
Um som qualquer,
Um assobio sequer,
Tento conter minha respiração
As batidas do meu coração
Ando com cuidado pra não arrastar os pés, em meus compassos
Movimento o corpo evitando a melodia que possa gerar, o vento
Meus lábios não dançam, meus olhos se cansam, nem posso piscar
Meus pensamentos, sem ritmo, harmonia
Nada que pareça música pode soar
Pois você conhece meus sons
E mesmo que minha boca não diga nada
Se me ouvires, escutará as minhas paixões.
Dona de minha verdade, nada posso esconder-te.
Eis o porque de meu silêncio
Não quero magoá-la
Pela minha forma de viver cantando
Inconsequentemente
Num eterno "vez em quando"
Se eu disse que é verdade, você saberá que é mentira
Se eu cantar o que for, você sentirá meu amor, minha dor
Assim, minha esperança é que meu silêncio te inconfunda
Enquanto ainda sempre há tempo!
Por isso, o meu silêncio...
Não tenho falado
Não tenho cantado,
Não tenho pronunciado
Um som qualquer,
Um assobio sequer,
Tento conter minha respiração
As batidas do meu coração
Ando com cuidado pra não arrastar os pés, em meus compassos
Movimento o corpo evitando a melodia que possa gerar, o vento
Meus lábios não dançam, meus olhos se cansam, nem posso piscar
Meus pensamentos, sem ritmo, harmonia
Nada que pareça música pode soar
Pois você conhece meus sons
E mesmo que minha boca não diga nada
Se me ouvires, escutará as minhas paixões.
Dona de minha verdade, nada posso esconder-te.
Eis o porque de meu silêncio
Não quero magoá-la
Pela minha forma de viver cantando
Inconsequentemente
Num eterno "vez em quando"
Se eu disse que é verdade, você saberá que é mentira
Se eu cantar o que for, você sentirá meu amor, minha dor
Assim, minha esperança é que meu silêncio te inconfunda
Enquanto ainda sempre há tempo!
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Dona do meu juizo
Se o seu olhar já não basta pra dizer!
Vá!
Descarregue em mim suas palavras de trovão
Desague toda a sua saliva espessa e venenosa, enfurecida!
Se assim se sentires melhor
Ataque-me com gestos agressivos e de inquietação
Exale esse cheiro de descontentamento!
Sim, isso me fará sofrer, claro.
Mas
Antes que o mundo seja influenciado por tua ira de Deusa!
Experimente desabrochar as boas lembranças da ultima estação!
O orvalho das tuas poesias manhães
O abrir dos olhos num sorriso lento e verdadeiro
E se ainda, não se sentires melhor
Imponha-me os gestos doces do teu equilíbrio feminino
E deixa-me tua falta, teu perfume e companheirismo
Assim, sentirei muito mais, a tua presença, a tua ausência
E minha culpa mesmo que injusta ou absurda, pesará
E tu serás como sempre a dona do meu juízo
Estarei pra ti, como aquele que sucumbi ao golpe da espada.
Tua nobreza, em mim, como farpas
Se quer saber, isso é o que me fará sofrer
E a tua indiferença é o que me mata.
Vá!
Descarregue em mim suas palavras de trovão
Desague toda a sua saliva espessa e venenosa, enfurecida!
Se assim se sentires melhor
Ataque-me com gestos agressivos e de inquietação
Exale esse cheiro de descontentamento!
Sim, isso me fará sofrer, claro.
Mas
Antes que o mundo seja influenciado por tua ira de Deusa!
Experimente desabrochar as boas lembranças da ultima estação!
O orvalho das tuas poesias manhães
O abrir dos olhos num sorriso lento e verdadeiro
E se ainda, não se sentires melhor
Imponha-me os gestos doces do teu equilíbrio feminino
E deixa-me tua falta, teu perfume e companheirismo
Assim, sentirei muito mais, a tua presença, a tua ausência
E minha culpa mesmo que injusta ou absurda, pesará
E tu serás como sempre a dona do meu juízo
Estarei pra ti, como aquele que sucumbi ao golpe da espada.
Tua nobreza, em mim, como farpas
Se quer saber, isso é o que me fará sofrer
E a tua indiferença é o que me mata.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Discursão
Sendo assim
Eu sinto muito
E sinto tanto
E ando penso
E penso, ando
É um peso tanto
Um fado canto
Nu com passo lento
Um colapso intenso.
E se reinvento
De gritar
De tentar
De cantar
Sonhar,
Você me diz que soou demais
Mas que não adianta mais
Falar do que não amais
É faz sentido.
Sentindo
Eu sigo.
Não me arrependo
Eu te entendo...
Tudo na vida
Tem seu motivo e tempo
Tem seu motivo e tempo
Eu arrebato a dúvida
Admitindo-a
E você?
E você?
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Paciência
Enquanto espero a primavera
Recomendado por ti-a-esperança.
A nossa velha amiga saudade
Aguardando comigo, se cansa.
Fica falando... há horas, em lembranças
Ventos demarcando estações
Mas o tempo não passa de verdades
Enquanto não mudam as vontades
Que soam juntas em nossos corações
Recomendado por ti-a-esperança.
A nossa velha amiga saudade
Aguardando comigo, se cansa.
Fica falando... há horas, em lembranças
Ventos demarcando estações
Mas o tempo não passa de verdades
Enquanto não mudam as vontades
Que soam juntas em nossos corações
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Além da certeza
As estrelas daqui...
Agora não posso ve-las
Mas prefiro acreditar que existem e estão lá
Por trás das nuvens
Por trás dos céus
Além da atmosfera!
Entre o chão da realidade
E a proteção de Enlil e sua abóboda de estanho.
Nas noites sigo, e eu não estranho.
Entre Cariris e Sumérios
Meu sorriso pendido entretantos rostos sérios.
Pra que a dúvida continue a me instigar
Quebro as correntes da certeza
Remo contra a correnteza
Sigo nesse Rio a cantar.
Agora não posso ve-las
Mas prefiro acreditar que existem e estão lá
Por trás das nuvens
Por trás dos céus
Além da atmosfera!
Entre o chão da realidade
E a proteção de Enlil e sua abóboda de estanho.
Nas noites sigo, e eu não estranho.
Entre Cariris e Sumérios
Meu sorriso pendido entretantos rostos sérios.
Pra que a dúvida continue a me instigar
Quebro as correntes da certeza
Remo contra a correnteza
Sigo nesse Rio a cantar.
sábado, 14 de agosto de 2010
Senhor do Sonho - Warakidzã
Quando a verdade descer nos meus olhos
E o destino vier nas encostas
O sol me trará novamente
A luz que preciso pra me encandear
Aí serei como o fogo
Descendo no alto da serra
Trazendo na roda do tempo
As horas que marcam o desencantar
Vem que o destino chamou
E é chegada a hora de revelar
Vem que que o fim desaguou
E a grande pedra vai rolar
Eu ja traguei do meu fumo
Guardado comigo o ano interio
E agora revela o teu sonho
A baleia que irá despertar
Com a virgem trazida em seu dorso
Ela nos guiará
E o destino vier nas encostas
O sol me trará novamente
A luz que preciso pra me encandear
Aí serei como o fogo
Descendo no alto da serra
Trazendo na roda do tempo
As horas que marcam o desencantar
Vem que o destino chamou
E é chegada a hora de revelar
Vem que que o fim desaguou
E a grande pedra vai rolar
Eu ja traguei do meu fumo
Guardado comigo o ano interio
E agora revela o teu sonho
A baleia que irá despertar
Com a virgem trazida em seu dorso
Ela nos guiará
Sina de Tocador
Foi no Cariri
Que eu nasci e me criei
E bem cedo eu botei
Na cabeça: - Eu vou tocar!
Eu tive que lutar
Pra poder ser tocador
E a vida me ensinou
A ouvir tudo e cantar
Eu sofri muito
Pra chegar onde queria
Engoli noites e dias
Vomitando sofrimento
No pensamento
A vontade de vencer
No peito muito a dizer
E na mão sempre um instrumento
Posso até ser
Um cantador sem muita sorte
Mais se a vida fez um corte
No meu peito penitente
Trago essa dor
E a canto com alegria
Essa é sabedoria
Que alumia o meu presente
Que eu nasci e me criei
E bem cedo eu botei
Na cabeça: - Eu vou tocar!
Eu tive que lutar
Pra poder ser tocador
E a vida me ensinou
A ouvir tudo e cantar
Eu sofri muito
Pra chegar onde queria
Engoli noites e dias
Vomitando sofrimento
No pensamento
A vontade de vencer
No peito muito a dizer
E na mão sempre um instrumento
Posso até ser
Um cantador sem muita sorte
Mais se a vida fez um corte
No meu peito penitente
Trago essa dor
E a canto com alegria
Essa é sabedoria
Que alumia o meu presente
sábado, 7 de agosto de 2010
Arranjos, flores, notas, acordes, melodias, timbres, cores... algo assim.
Uma fórmula...
uma forma, uma norma?
Não... Não há.
Pensar, sonhar,
Imaginar que tudo o que quiser, será
Esse é teu mundo
Sentir, fluir, chorar, sorrir
Rimas óbvias, sentimentos
Esperar os momentos!
Fecundar idéias
Maturar abstratos.
Parindo um desejo
Ele se torna fato.
Componho realidades
Com uma matéria prima que não existe
Ou que pelo menos
Não estava nesses planos
Mesmo assim o instinto não desiste
O cheiro do caminho, amores, desenganos
E a certeza do nada!
Isso já é tudo.
Ter um absurdo,
É o que precisava!
uma forma, uma norma?
Não... Não há.
Pensar, sonhar,
Imaginar que tudo o que quiser, será
Esse é teu mundo
Sentir, fluir, chorar, sorrir
Rimas óbvias, sentimentos
Esperar os momentos!
Fecundar idéias
Maturar abstratos.
Parindo um desejo
Ele se torna fato.
Componho realidades
Com uma matéria prima que não existe
Ou que pelo menos
Não estava nesses planos
Mesmo assim o instinto não desiste
O cheiro do caminho, amores, desenganos
E a certeza do nada!
Isso já é tudo.
Ter um absurdo,
É o que precisava!
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Vai e Vem
Quando estás a me fitar
Reconheço-te através do seu olho direito,
No fundo da retina,
Onde tua graça se faz menina,
E a alma descansa as ilusões da matéria, em recomposição.
Da saudade que se encontra e conta
E se esconde nos ciclos da lua,
No movimento da tardança de tuas vontades
Entre um passe e outro
De dança e energia, em transformação
Vem, me dê a mão simplesmente
Não nos encontramos por acaso.
E o destino agora nos soa
Como uma canção que ressoa
Como nunca, foi, e eternamente. Ação e reação.
Reconheço-te através do seu olho direito,
No fundo da retina,
Onde tua graça se faz menina,
E a alma descansa as ilusões da matéria, em recomposição.
Da saudade que se encontra e conta
E se esconde nos ciclos da lua,
No movimento da tardança de tuas vontades
Entre um passe e outro
De dança e energia, em transformação
Vem, me dê a mão simplesmente
Não nos encontramos por acaso.
E o destino agora nos soa
Como uma canção que ressoa
Como nunca, foi, e eternamente. Ação e reação.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Palavras que voam
Se um dia eu te der palavras que voam
Não saia voando com elas
E me deixe aqui falando sozinho
Não se enalteça com meus versos, minha donzela
Meus sonhos são tudo o que tenho pra te dar
E é o pouco que jamais me pertenceu
Pois meu sonho pertence a quem sonhar, Deusa-mãe
E ao nascer eles vão a quem os acolheu
Mesmo assim, ainda alguns crescem ao vento
Se espalhando na forma de canção
E atravessam qualquer espaço tempo
Só pra se enraizar no coração
Já canção.
Não saia voando com elas
E me deixe aqui falando sozinho
Não se enalteça com meus versos, minha donzela
Meus sonhos são tudo o que tenho pra te dar
E é o pouco que jamais me pertenceu
Pois meu sonho pertence a quem sonhar, Deusa-mãe
E ao nascer eles vão a quem os acolheu
Mesmo assim, ainda alguns crescem ao vento
Se espalhando na forma de canção
E atravessam qualquer espaço tempo
Só pra se enraizar no coração
Já canção.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Ciclos do encantado
Esta era a oportunidade
Em um bem azul e calor de época, alvoroçados.
Vestindo o couro dos antepassados
Investi um rezar profundo, desmandado
Descampando nas pradarias
Do meu coração nordeste
Um caboclo de asas, Cariri
Em um auto, sertão, andaluz
Agreste
Entoando um cantar contínuo
Prestes a entendê-la, a recebê-la
Como um trovão nas águas
Irradiando a flor na correnteza calma
De olhos fechados e mente aberta,
O clarão lúdico nas pálpebras envivecendo,
O invisível, o normalmente imperceptível
Sonhos latentes em anos que se perdem
Como estúpidos nãos ignorantes.
Um novo século, um novo começo, um novo mundo
Sem infortúnios
Meu reino sem latifúndios
Castelos sem paredes nem muros
Sem realezas, sem certezas,
Em reais tragédias e belezas.
Naturalmente como nossas lendas!
Não há nada aqui que nos prenda
Se não, a perdida ou encantada liberdade
Esta era uma oportunidade
Na imparcialidade cíclica das vidas (no vão do tempo)
Nas verdades mais absurdas
Dos desejos veteranos
Um discurso, minha ingênua ideologia
Meu exercito de cantadores imaginários
Inveterados,
A implodir (não reprimir) revoltas!
“Em êxtase,
Dançam sobre o meu calvário
Enquanto voam as folhas
Das árvores, o calendário”
Ela talvez fosse a única, uma oportunidade
E minha ação não se perderia, sem palavras
Sem função, no presente
Minha língua em fogo ardente
Pronunciando poesias
Por entre fumaças mágicas
No circulo dos elementos
Na ânsia de reencontrá-la
Em um bem azul e calor de época, alvoroçados.
Vestindo o couro dos antepassados
Investi um rezar profundo, desmandado
Descampando nas pradarias
Do meu coração nordeste
Um caboclo de asas, Cariri
Em um auto, sertão, andaluz
Agreste
Entoando um cantar contínuo
Prestes a entendê-la, a recebê-la
Como um trovão nas águas
Irradiando a flor na correnteza calma
De olhos fechados e mente aberta,
O clarão lúdico nas pálpebras envivecendo,
O invisível, o normalmente imperceptível
Sonhos latentes em anos que se perdem
Como estúpidos nãos ignorantes.
Um novo século, um novo começo, um novo mundo
Sem infortúnios
Meu reino sem latifúndios
Castelos sem paredes nem muros
Sem realezas, sem certezas,
Em reais tragédias e belezas.
Naturalmente como nossas lendas!
Não há nada aqui que nos prenda
Se não, a perdida ou encantada liberdade
Esta era uma oportunidade
Na imparcialidade cíclica das vidas (no vão do tempo)
Nas verdades mais absurdas
Dos desejos veteranos
Um discurso, minha ingênua ideologia
Meu exercito de cantadores imaginários
Inveterados,
A implodir (não reprimir) revoltas!
“Em êxtase,
Dançam sobre o meu calvário
Enquanto voam as folhas
Das árvores, o calendário”
Ela talvez fosse a única, uma oportunidade
E minha ação não se perderia, sem palavras
Sem função, no presente
Minha língua em fogo ardente
Pronunciando poesias
Por entre fumaças mágicas
No circulo dos elementos
Na ânsia de reencontrá-la
quinta-feira, 8 de julho de 2010
O delicado peso da leveza!
Pensei,
Que fosse mais simples, um ou outro desejo
Que o desenho que fica na parede da consciência
Fosse uma ingênua forma de guardar
Guardar de proteger,
Guardar de tornar,
Tornar de retorno,
De fazer com que seja, também,
Mas essa uma vontade intensa,
Rasgou o ventre da tranquilidade
Nascia assim, de mim, essa falta de ti.
Descobrindo a solidão,
Tornei-me inquieto
E só o sonho me faria ver
O que já era certo.
Então, lhe fiz uma canção
Pra conseguir minha paz
Tornei-me inquieto
E só o sonho me faria ver
O que já era certo.
Então, lhe fiz uma canção
Pra conseguir minha paz
Um encantamentozinho
Nada demais!
Hoje entendo como é simples, toda tua complexidade.
Senti,
Fiquei surpreso!
Ali estava eu,
Digerindo uma certeza,
Nada demais!
Hoje entendo como é simples, toda tua complexidade.
Senti,
Fiquei surpreso!
Ali estava eu,
Digerindo uma certeza,
Surpreendido e preso
Ao delicado peso
De sua leveza.
De sua leveza.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Fuxico
"Hoje por acaso,
...vocês também perceberam a simplicidade da luz ao tocar o rosto da manhã?!
Menino! E eles ainda seguem juntos até então!"
Do prisma, e doce calor que me invadem,
Refratei palavra e som.
E me sentindo nuvem em meio a tudo,
Estou leve por fazer um fuxico bom.
...vocês também perceberam a simplicidade da luz ao tocar o rosto da manhã?!
Menino! E eles ainda seguem juntos até então!"
Do prisma, e doce calor que me invadem,
Refratei palavra e som.
E me sentindo nuvem em meio a tudo,
Estou leve por fazer um fuxico bom.
sábado, 19 de junho de 2010
Desapercebida
Por certo ela chegou e não percebeu
Assim, não imaginava o céu
Sonhou distante mas pensou que era apenas um dia comum
Não. Não era!
Minha razão fez festa! Dos sentimentos nem falo!
Enquanto Kahlo, te escuto tanto em meu juizo!
Desenhemos a vida, que sejam amores e desgostos
Pra mim tudo passa pela expressão do seu rosto.
Os traços e linhas na palma da mão.
Vejo as telas, os filmes, ouço canções, leio Clarices
Não consigo assistir o espetáculo sem dar opinião. Eu sabia,
Quando ela percebesse meus olhos em gestos de paciência em dança
Talvez nos poupasse outra existência.
O que seriam desejos do corpo?
O que seriam necessidades da alma?
O sexto sentido feminino é o que nos salva
O instinto maternal indicou nossa divina providência.
Era o milagre da poesia em nossas vindas
Renascendo
Assim, não imaginava o céu
Sonhou distante mas pensou que era apenas um dia comum
Não. Não era!
Minha razão fez festa! Dos sentimentos nem falo!
Enquanto Kahlo, te escuto tanto em meu juizo!
Desenhemos a vida, que sejam amores e desgostos
Pra mim tudo passa pela expressão do seu rosto.
Os traços e linhas na palma da mão.
Vejo as telas, os filmes, ouço canções, leio Clarices
Não consigo assistir o espetáculo sem dar opinião. Eu sabia,
Quando ela percebesse meus olhos em gestos de paciência em dança
Talvez nos poupasse outra existência.
O que seriam desejos do corpo?
O que seriam necessidades da alma?
O sexto sentido feminino é o que nos salva
O instinto maternal indicou nossa divina providência.
Era o milagre da poesia em nossas vindas
Renascendo
terça-feira, 8 de junho de 2010
Ancestrais
Ela me dará outra canção?
Meu peito involuntário se contrai
Aguardando impaciente em oração
Ela me consome o coração
Mas o que construí
Não se desfez
(Ai!) Não se desfaz
E ha de não se desfazer jamais!
O passado, os ancestrais
Deuses tortos
O porto, o cais
Da igreja da sé à matriz do juazeiro
É o caminho de um mundo inteiro
A partida, a chegada
O reencontro, o confronto
O crescendo na orquestra!
Eu fico tonto.
Me prometeste uma existência longa e de prazer
Viver o amor, a bel felicidade
Warakidzã, o sonho, o rito de passagem
Rompendo os ciclos de nossa imortalidade
Que nos atrai
E se refaz
E nos disfarça
Só para nos reconhecermos mais
Ancestrais!
Minha menina, te dou tudo o que quiser!
Porque por ti, conheço o perfume da flor
Sou cariri, meu destino é ser cant’a dor
Vi a mãe d’água! Sei teus segredos, mulher!
Ela me dará outra canção?
Meu peito involuntário se contrai
Aguardando impaciente em oração
Ela me consome o coração
Mas o que construí
Não se desfez
(Ai!) Não se desfaz
E ha de não se desfazer jamais!
O passado, os ancestrais
Deuses tortos
O porto, o cais
Da igreja da sé à matriz do juazeiro
É o caminho de um mundo inteiro
A partida, a chegada
O reencontro, o confronto
O crescendo na orquestra!
Eu fico tonto.
Me prometeste uma existência longa e de prazer
Viver o amor, a bel felicidade
Warakidzã, o sonho, o rito de passagem
Rompendo os ciclos de nossa imortalidade
Que nos atrai
E se refaz
E nos disfarça
Só para nos reconhecermos mais
Ancestrais!
Minha menina, te dou tudo o que quiser!
Porque por ti, conheço o perfume da flor
Sou cariri, meu destino é ser cant’a dor
Vi a mãe d’água! Sei teus segredos, mulher!
Ela me dará outra canção?
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Três cocos siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
Eu to doido pra viajar
Visitar a minha gente
Guarnecer o meu repente
Com a poesia de lá
Pro Cariri eu vou rumar
Levo meu amor comigo
Pra não ficar de castigo
Quando a saudade apertar, ô sabiá!
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
O Cariri é meu lugar
Tem fartura e esperança
Do Rio trago lembrança
E saudade dos carnavá
Se meu peito num se aguentar
É por mó da minha pequena
Sua beleza já me acena
Me pedindo pra eu voltar, ô Sabiá
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
Com o peito a improvisar
Uma cantiga onipresente
Hoje choro sorridente
Tão feliz, vou me acabá
Com o meu oxe e a chiá
Feito um samba na taboca
Um forró Caririoca
Pra vocês eu vou cantar, ô sabiá
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
Três coco siricora miudá
Eu to doido pra viajar
Visitar a minha gente
Guarnecer o meu repente
Com a poesia de lá
Pro Cariri eu vou rumar
Levo meu amor comigo
Pra não ficar de castigo
Quando a saudade apertar, ô sabiá!
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
O Cariri é meu lugar
Tem fartura e esperança
Do Rio trago lembrança
E saudade dos carnavá
Se meu peito num se aguentar
É por mó da minha pequena
Sua beleza já me acena
Me pedindo pra eu voltar, ô Sabiá
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
Com o peito a improvisar
Uma cantiga onipresente
Hoje choro sorridente
Tão feliz, vou me acabá
Com o meu oxe e a chiá
Feito um samba na taboca
Um forró Caririoca
Pra vocês eu vou cantar, ô sabiá
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
Três coco siricora miudinha, sabiá
Três coco siricora miudá
quarta-feira, 2 de junho de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Plágio
Eu espero que você sinta
Que foi pra você que fiz essa canção!
Assim a tristeza findará
Pois será chegada a hora do recomeço
Anunciado a tanto, profecia
Seu olhar, sempre foi minha luz do dia
A noite, teus mistérios em que me perdia
Pra nos reencontrar, nossa paixão.
Amanhã não há mais solidão.
Ontem eu tinha saudade.
Hoje, sua paz, sua calma
Seus desejos realizados, sua alma.
Eu canto e danço ao ritmo de suas palmas
A batida que seguimos é plagiada
Roubei ontem, ao sentir teu peito, ao beija-la
Não reconhece ao toca-la?
São os compassos de seu coração.
Que foi pra você que fiz essa canção!
Assim a tristeza findará
Pois será chegada a hora do recomeço
Anunciado a tanto, profecia
Seu olhar, sempre foi minha luz do dia
A noite, teus mistérios em que me perdia
Pra nos reencontrar, nossa paixão.
Amanhã não há mais solidão.
Ontem eu tinha saudade.
Hoje, sua paz, sua calma
Seus desejos realizados, sua alma.
Eu canto e danço ao ritmo de suas palmas
A batida que seguimos é plagiada
Roubei ontem, ao sentir teu peito, ao beija-la
Não reconhece ao toca-la?
São os compassos de seu coração.
Cedo da tarde
Como uma realização de flor
Sangue e seiva em minhas veias
Circulavam meu corpo
Alvoroçando meu desejo em fotossíntese
Me atentando feito lembrança de beijo
Tanto calor forjara rijeza em meu peito.
Ela ainda me consumia o coração
Com instintos vegetarianos de um leão
O passado aos pouco se consumia
E cada parte de mim
De dentro pra fora
Ruminava saudade
Num movimento sem fim
E eu cantava, e o vento
Num leve ciclone soprava
Já era o bastante pra te sentir,
A velha tempestade, chorar e sorrir.
Sangue e seiva em minhas veias
Circulavam meu corpo
Alvoroçando meu desejo em fotossíntese
Me atentando feito lembrança de beijo
Tanto calor forjara rijeza em meu peito.
Ela ainda me consumia o coração
Com instintos vegetarianos de um leão
O passado aos pouco se consumia
E cada parte de mim
De dentro pra fora
Ruminava saudade
Num movimento sem fim
E eu cantava, e o vento
Num leve ciclone soprava
Já era o bastante pra te sentir,
A velha tempestade, chorar e sorrir.
domingo, 25 de abril de 2010
Sertões do mundo
Pra atiçar meus desejos e me possuir
Só arrebatando-me em mais uma estação
No próximo solstício anunciado.
Sigo em minha solidão de errante.
No ponteiro andante, com um dançante eterno
Num lapso da razão enfadada,
Transfiguro-me no verde que restou de tua presença
Respiro assim, toda a tua fé e indiferença.
Deposito minhas promessas
Na manhã vindoura e viçosa
Com o sabor das frutas do tempo
No tambor da curva das horas
Subo e desço colinas, sou o vento
Ecos de uma existência inteira
Entre ramagens e sentimentos perdidos
Como o ar e suas propriedades, invisível
Passos por ti, passas por mim
Enquanto o mundo precisa de nós.
Em nossos sentimentos e delicadeza
O singelo movimento das árvores.
Hoje somos como as flores.
Que teu espírito evolua
Que esta palavra nua e crua
Sirva pra ser tragada
Nos mostrando um outro caminho
Entre as florestas e estrelas do hemisfério sul
Se no inicio tudo era incerteza
Que hoje nossos Deuses nos protejam
Com uma nova canção que nos abençoe
E que ressoe pelos sertões do mundo.
Só arrebatando-me em mais uma estação
No próximo solstício anunciado.
Sigo em minha solidão de errante.
No ponteiro andante, com um dançante eterno
Num lapso da razão enfadada,
Transfiguro-me no verde que restou de tua presença
Respiro assim, toda a tua fé e indiferença.
Deposito minhas promessas
Na manhã vindoura e viçosa
Com o sabor das frutas do tempo
No tambor da curva das horas
Subo e desço colinas, sou o vento
Ecos de uma existência inteira
Entre ramagens e sentimentos perdidos
Como o ar e suas propriedades, invisível
Passos por ti, passas por mim
Enquanto o mundo precisa de nós.
Em nossos sentimentos e delicadeza
O singelo movimento das árvores.
Hoje somos como as flores.
Que teu espírito evolua
Que esta palavra nua e crua
Sirva pra ser tragada
Nos mostrando um outro caminho
Entre as florestas e estrelas do hemisfério sul
Se no inicio tudo era incerteza
Que hoje nossos Deuses nos protejam
Com uma nova canção que nos abençoe
E que ressoe pelos sertões do mundo.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Clarividade
No inicio tudo era um precipício
Um perigo, emocionante
Todo medo era distante
Corríamos a beira abismo
Cantávamos em sofismo
Quase em desafinação
Mas tudo era proposital
Nosso quintal era o mundo
Sonhos e confrontos
Impossível, invisíveis
Tudo estava em outros níveis
De uma simples existência
Além de toda ciência
E discurso plausível
Explicável
Palpável
Sensível
Afinal, o seu beijo de paciência
Era a única calma que me vestia
Em trajes de sono e delicadeza
Me livrava das impurezas da vida
Com um sol sorriso seu de clarividade.
Um perigo, emocionante
Todo medo era distante
Corríamos a beira abismo
Cantávamos em sofismo
Quase em desafinação
Mas tudo era proposital
Nosso quintal era o mundo
Sonhos e confrontos
Impossível, invisíveis
Tudo estava em outros níveis
De uma simples existência
Além de toda ciência
E discurso plausível
Explicável
Palpável
Sensível
Afinal, o seu beijo de paciência
Era a única calma que me vestia
Em trajes de sono e delicadeza
Me livrava das impurezas da vida
Com um sol sorriso seu de clarividade.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Profecia
Numa noite de doces pesadelos
Sonhei conosco
Meu mundo, o teu
Abdoral que fui, sentindo deus
Cantei em língua ancestral
Confundido em arcaico português.
Os dias em que murmurava aquilo que falavam as almas
Sentia o efeito dos sentidos queimando ao som das palmas
Ela estava do outro lado da realidade possível
Me fiz mais eu do que nunca
A vi então, mais ela que sempre
Temi ser mais do que deveria, do que poderia
E vivi num instante uma imensa alegria.
Estávamos tão à vontade
Que os pólos derretiam
Tudo por nossa causa, culpa
Senti-me tão irresponsável por tudo
Lembrei de Badzé que a tanto não passeava por essa existência...
Redescobrindo a ciência
Reinventando o futuro
Meu canto soou como um esturro
Vieram três mil anos de escuro
Três décadas de impaciência
A sabedoria de meus pais
Os carinhos de minhas mães
E meu aparente comportamento
Já nem pareceria rebelde.
“Beirando a demência
Eu cantava e dançava”
Por onde você andou que não me sentia
Tantos pensaram que eu mentiria, pra nos poupar
Mais eu estive aqui tragando o presente
E adivinhei tua sorte
Atravessamos a morte
O vale dos cariris encantados
A floresta misteriosa de nossos silêncios
Um mundo que nem mais pertencemos.
Estes seriam outros planos.
Renasceremos sentindo os céus entre os pés
Esse chão sagrado será o berço dos desejos que surgirão reconstruindo o tempo
E caberá a nós em nossos filhos
A oração da felicidade
Não apenas por si sós
Mas por todos ao nosso redor
Dentro e fora de nós
Quando o recomeço vier,
Será assim com o novo eixo da terra.
Sonhei conosco
Meu mundo, o teu
Abdoral que fui, sentindo deus
Cantei em língua ancestral
Confundido em arcaico português.
Os dias em que murmurava aquilo que falavam as almas
Sentia o efeito dos sentidos queimando ao som das palmas
Ela estava do outro lado da realidade possível
Me fiz mais eu do que nunca
A vi então, mais ela que sempre
Temi ser mais do que deveria, do que poderia
E vivi num instante uma imensa alegria.
Estávamos tão à vontade
Que os pólos derretiam
Tudo por nossa causa, culpa
Senti-me tão irresponsável por tudo
Lembrei de Badzé que a tanto não passeava por essa existência...
Redescobrindo a ciência
Reinventando o futuro
Meu canto soou como um esturro
Vieram três mil anos de escuro
Três décadas de impaciência
A sabedoria de meus pais
Os carinhos de minhas mães
E meu aparente comportamento
Já nem pareceria rebelde.
“Beirando a demência
Eu cantava e dançava”
Por onde você andou que não me sentia
Tantos pensaram que eu mentiria, pra nos poupar
Mais eu estive aqui tragando o presente
E adivinhei tua sorte
Atravessamos a morte
O vale dos cariris encantados
A floresta misteriosa de nossos silêncios
Um mundo que nem mais pertencemos.
Estes seriam outros planos.
Renasceremos sentindo os céus entre os pés
Esse chão sagrado será o berço dos desejos que surgirão reconstruindo o tempo
E caberá a nós em nossos filhos
A oração da felicidade
Não apenas por si sós
Mas por todos ao nosso redor
Dentro e fora de nós
Quando o recomeço vier,
Será assim com o novo eixo da terra.
terça-feira, 23 de março de 2010
Devaneio
Ela é um sonho.
As vezes acredito que é verdade
Maturo a certeza que sim.
Que o sorriso existe
Os olhos enxergam as cores
O corpo sente
A língua afiada corta as palavras pra que elas sejam mais belas, cresçam e floresçam, com o devido carinho e força que precisam!
O pensamento dela voa, o mundo... O Cariri lhe entoa uma canção
Ela escuta, suspira, e faz da vida uma coisa comum e especial como uma amizade, como comer um doce, se equilibrar nos paralelepípedos, espantar os pombos e ver os desenhos que eles alvoroçados fazem, na luz, que escapa da fumaça e corta o céu e toca o chão.
Ela suspira e diz (pra si?!):
-Estou em São Paulo...
E se contém até que esteja em outro largo devaneio
Pra enlouquecer e ser feliz novamente,
Como nunca (pra sempre).
As vezes acredito que é verdade
Maturo a certeza que sim.
Que o sorriso existe
Os olhos enxergam as cores
O corpo sente
A língua afiada corta as palavras pra que elas sejam mais belas, cresçam e floresçam, com o devido carinho e força que precisam!
O pensamento dela voa, o mundo... O Cariri lhe entoa uma canção
Ela escuta, suspira, e faz da vida uma coisa comum e especial como uma amizade, como comer um doce, se equilibrar nos paralelepípedos, espantar os pombos e ver os desenhos que eles alvoroçados fazem, na luz, que escapa da fumaça e corta o céu e toca o chão.
Ela suspira e diz (pra si?!):
-Estou em São Paulo...
E se contém até que esteja em outro largo devaneio
Pra enlouquecer e ser feliz novamente,
Como nunca (pra sempre).
terça-feira, 16 de março de 2010
Caminho II
Meu suspiro em fogo
Feito hálito de dragão
Alimentando-se de teu perfume
Armou-se pra incendiar
O que impedia o caminho.
Eu reneguei outros mundos
Queria apenas continuar aqui
Ver como seria a próxima estação
Mesmo sabendo
Que poderia estagnar minh'alma
Foi por amor.
Acreditando que de certa forma
Nunca estarías só.
Que a lembrança ressoasse feito música
Nos fazendo repensar ou permitir-se
Tudo bem se hoje não somos.
E que talvez, seja estranho.
Nos veremos sentados
Aos lados um do outro
Sem historias à contar
Sem memórias pra admitir
Sem físicos carinhos.
Nos reencontraremos talvez até sem perceber
E até mesmo que não queiramos sofrer
Fingiremos felicidades
Reverberarão saudades
A reluzir, pelos anos,
Refratadas em amanheceres
E luares
"E assim,
Eras?
Era ela
Era eu.
Tombará o sol?
Marés insurgirão
E será a tão esperada nova era.
Ela me verá.
Eu a verei.
Sim,
Talvez nos vejamos.
E nenhum de nós estará sonhando
Porque tudo já havia sido acordado."
Ela sempre tinha razão.
Eu nunca não.
Meu silêncio deixei guardado
Com um beijo dormido
Pra não compor um pecado
Num intervalo sem sentido.
Dissonante ilusão,
A consumir meu coração,
Meu suspiro feito fogo
Como hálito de dragão
Renascendo das cinzas
Feito hálito de dragão
Alimentando-se de teu perfume
Armou-se pra incendiar
O que impedia o caminho.
Eu reneguei outros mundos
Queria apenas continuar aqui
Ver como seria a próxima estação
Mesmo sabendo
Que poderia estagnar minh'alma
Foi por amor.
Acreditando que de certa forma
Nunca estarías só.
Que a lembrança ressoasse feito música
Nos fazendo repensar ou permitir-se
Tudo bem se hoje não somos.
E que talvez, seja estranho.
Nos veremos sentados
Aos lados um do outro
Sem historias à contar
Sem memórias pra admitir
Sem físicos carinhos.
Nos reencontraremos talvez até sem perceber
E até mesmo que não queiramos sofrer
Fingiremos felicidades
Reverberarão saudades
A reluzir, pelos anos,
Refratadas em amanheceres
E luares
"E assim,
Eras?
Era ela
Era eu.
Tombará o sol?
Marés insurgirão
E será a tão esperada nova era.
Ela me verá.
Eu a verei.
Sim,
Talvez nos vejamos.
E nenhum de nós estará sonhando
Porque tudo já havia sido acordado."
Ela sempre tinha razão.
Eu nunca não.
Meu silêncio deixei guardado
Com um beijo dormido
Pra não compor um pecado
Num intervalo sem sentido.
Dissonante ilusão,
A consumir meu coração,
Meu suspiro feito fogo
Como hálito de dragão
Renascendo das cinzas
sábado, 13 de março de 2010
Em órbita
A vida segue
Sistematicamente
Numa trajetória em elipses
Carregamos os fardos da alma em levezas e lembranças
Tudo se transfigura no teor bucólico dos tempos em tempos
A medida das decisões, das sensações
O sinuoso caminho entre os jardins das diferentes razões e as vezes, talvez, loucuras
De todo auto-contentamento
O sabor dos sentidos em cada palavra pura, fresca
Como as idéias nesses dias quentes em que transpiramos.
O destino feito giro.
Um futuro como incenso.
O perfume dos pensamentos
Leva-nos intenso pra outras realidades.
Ao redor, as nuanças de cada segundo.
Agora, aqui.
Com cor, ordem e posição
Três pontos fixos no universo
E toda sabedoria que nos resta,
Percebo que a solução para o que sentimos
É deixar guiar-se pelo o que pressentimos
Como quem lê mãos
Como quem interpreta sonhos
Como quem vê além dos olhos...
Sistematicamente
Numa trajetória em elipses
Carregamos os fardos da alma em levezas e lembranças
Tudo se transfigura no teor bucólico dos tempos em tempos
A medida das decisões, das sensações
O sinuoso caminho entre os jardins das diferentes razões e as vezes, talvez, loucuras
De todo auto-contentamento
O sabor dos sentidos em cada palavra pura, fresca
Como as idéias nesses dias quentes em que transpiramos.
O destino feito giro.
Um futuro como incenso.
O perfume dos pensamentos
Leva-nos intenso pra outras realidades.
Ao redor, as nuanças de cada segundo.
Agora, aqui.
Com cor, ordem e posição
Três pontos fixos no universo
E toda sabedoria que nos resta,
Percebo que a solução para o que sentimos
É deixar guiar-se pelo o que pressentimos
Como quem lê mãos
Como quem interpreta sonhos
Como quem vê além dos olhos...
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
É tempo de delicadeza
Na verdade espero que uma hora dessas anoiteça
Para que eu consagre a ti meu olhar de têmperaNo momento certo em que serei um espelho
Refletindo desejos de tua luz efêmera
Nas mãos trouxe um punhado de terra
Onde pisaram meus antepassados
No peito o sopro e cheiro dos meus pés de serra
Pra falar na língua dos encantados
Fundirei minha voz de tempestade
Na sagrada canção das seis horas
Da borra que sobrar da união de nossas realidades
Untarei teu peito, para reforjar os símbolos de outrora
Fique tranqüila, menina, é certeza
Teu carinho me invade
Não tema essa saudade
O amor é nossa fortaleza
Feche os olhos e adormeça
Não mais existe no mundo, a maldade
Vivamos a sutileza da felicidade
É tempo de delicadeza
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Cuando una rosa simboliza el perdón
Seus olhos escondiam a verdade
Seu sorriso
A assimetria de suas maçãs em relação a inclinação ao nariz
A distancia dos ombros à vértice de sua cabeça e cabelos
A luz que invadia a sala refletida pelo seu gracioso corpo e trajes de ensaio, era opaca...
Imagino que ela percebera
O cheiro de minha incredubilidade por todo o meu corpo.
Todo o seu corpo pendia num fingimento
Talvez ela fizesse aquilo
Pra nos livrar de algo que dentro de um paixão
Doesse mais do que devesse
E quiséssemos ou pudéssemos suportar.
E como mulher
Ela percebeu tudo
E guiou a vida pelo caminho mais certo de sua natureza
Carregando os fardos
Os segredos da existência
Na eternidade de seu ventre
Virgem Maria!
Acordamos
Ela arrumou-se
Num infinito momento perante minha presença
Não falou nada...
Apenas pensou claramente pra que eu sentisse
E em silêncio ela disse:
-Faço questão de deixar contigo metade de minha alma
Porque agora tenho metade da tua em meu peito
Não falaremos nada pra não ficarmos sem jeito
E porque sei que minha paciência te acalma.
E partiu...
Sem sorrir ou chorar.
Pra nos consagrar
Em outro momento
Em outro lugar
Onde ela escolhera
Parir o futuro.
E seu desejo foi um pedido
Nunca seria uma ordem.
-Como num passe de mágicas
Eu estendi minhas mãos
E nas linhas do meu destino
Ela se viu majestosa
E nos poupei de falar essa prosa
Pois sei que ela entendeu de coração
Que quando um poeta presenteia uma rosa
É porque ele sofre sem palavras
Sem canção ou poesia pra dizer, perdão.
Seu sorriso
A assimetria de suas maçãs em relação a inclinação ao nariz
A distancia dos ombros à vértice de sua cabeça e cabelos
A luz que invadia a sala refletida pelo seu gracioso corpo e trajes de ensaio, era opaca...
Imagino que ela percebera
O cheiro de minha incredubilidade por todo o meu corpo.
Todo o seu corpo pendia num fingimento
Talvez ela fizesse aquilo
Pra nos livrar de algo que dentro de um paixão
Doesse mais do que devesse
E quiséssemos ou pudéssemos suportar.
E como mulher
Ela percebeu tudo
E guiou a vida pelo caminho mais certo de sua natureza
Carregando os fardos
Os segredos da existência
Na eternidade de seu ventre
Virgem Maria!
Acordamos
Ela arrumou-se
Num infinito momento perante minha presença
Não falou nada...
Apenas pensou claramente pra que eu sentisse
E em silêncio ela disse:
-Faço questão de deixar contigo metade de minha alma
Porque agora tenho metade da tua em meu peito
Não falaremos nada pra não ficarmos sem jeito
E porque sei que minha paciência te acalma.
E partiu...
Sem sorrir ou chorar.
Pra nos consagrar
Em outro momento
Em outro lugar
Onde ela escolhera
Parir o futuro.
E seu desejo foi um pedido
Nunca seria uma ordem.
-Como num passe de mágicas
Eu estendi minhas mãos
E nas linhas do meu destino
Ela se viu majestosa
E nos poupei de falar essa prosa
Pois sei que ela entendeu de coração
Que quando um poeta presenteia uma rosa
É porque ele sofre sem palavras
Sem canção ou poesia pra dizer, perdão.
Naturalidade
Num dia de sol e rara manhã
Suor e sorriso ocupando um mesmo espaço
Libertinagem e embaraço
Grito e silêncio
Na janela de seu paciêncio
Todas as suas roupas quarando
No recorte de verde de minha casa
Eu ia te pensando, te esperando
A réstia da antena de TV do prédio em frente
Ia passado por minhas retinas, era o tempo...
Eu tinha certeza que você viria tempestuosa
Em terremotos e ventanias de palavras destruidoras
Abrasiva língua a despedaçar meu sorriso.
Mas você veio serena, silenciosa
Abraçou-me sem a menor solenidade.
Simplesmente como adoro!
Felina e misteriosa arrastando-se
Pelo meu corpo enquanto dormia
Me espertou com um beijo calado
Implodindo uma seqüencia de pausas
Na partitura de meus desejos entresonhos!
Assim não dá!...
Nunca terei coragem de te negar meus sentimentos.
Se me perguntas...
Eu respondo!
Sinceramente!
E assim mudo de planos,
Dou manga pra o meus panos
Dou cabimento à cigana
Que coisa, nós sabemos, ela não se engana
Tudo está na forma, de interpretar.
E além de tudo, seus duos comigo,
Em tudo o que eu cantar
Acho que vou me apaixonar
Creio já estou
Certeza
Ai! Ela chegou...
Com licença!
Vou vestir minha naturalidade.
Pra realçar minha natureza.
Suor e sorriso ocupando um mesmo espaço
Libertinagem e embaraço
Grito e silêncio
Na janela de seu paciêncio
Todas as suas roupas quarando
No recorte de verde de minha casa
Eu ia te pensando, te esperando
A réstia da antena de TV do prédio em frente
Ia passado por minhas retinas, era o tempo...
Eu tinha certeza que você viria tempestuosa
Em terremotos e ventanias de palavras destruidoras
Abrasiva língua a despedaçar meu sorriso.
Mas você veio serena, silenciosa
Abraçou-me sem a menor solenidade.
Simplesmente como adoro!
Felina e misteriosa arrastando-se
Pelo meu corpo enquanto dormia
Me espertou com um beijo calado
Implodindo uma seqüencia de pausas
Na partitura de meus desejos entresonhos!
Assim não dá!...
Nunca terei coragem de te negar meus sentimentos.
Se me perguntas...
Eu respondo!
Sinceramente!
E assim mudo de planos,
Dou manga pra o meus panos
Dou cabimento à cigana
Que coisa, nós sabemos, ela não se engana
Tudo está na forma, de interpretar.
E além de tudo, seus duos comigo,
Em tudo o que eu cantar
Acho que vou me apaixonar
Creio já estou
Certeza
Ai! Ela chegou...
Com licença!
Vou vestir minha naturalidade.
Pra realçar minha natureza.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Tudo ao nosso tempo!
Ela descobriu a fonte dos desejos
Atravessando a ponte que a tanto procurava...
Sabe agora dos segredos
Da cura dos beijos
E dos enfins, sem fins, dos confins, do interior
Tão bela, tão belo, sertão, luz cheiro e cor.
Seria esse delírio um prenuncio?
A chave de seus mistérios?
Ela detém a seiva da vida no peito.
E sua calda de serpente sagrada adentra na terra
Em mil veias d'água nos olhos.
Dos olhos pro chão, do chão pra o céu
Caindo o véu, rasgou-se o tempo em seu coração
Abrindo uma brecha nessa existência
Nos vimos. Um futuro.
Abundância no mundo!
E o lamento profundo
Que sempre se confundiu
Com os cantos de felicidade de um povo,
Agora é certeza, tudo se acaba em festa!
Ao som dos pifes, rabecas e zabumbas!
Escutas?
Nossos filhos estão dançando.
Essa felicidade foi adivinhada por tu, em tua essência
Por teus encantos e encantamentos.
Todo contato contigo é ensinamento.
Todo sonho.
É o efeito do querer nos sentidos.
Quando a manhã luzia em meu peito
Tão ontem eterna se foi a tarde
Que o hoje refez meus sentimentos.
Atravessando a ponte que a tanto procurava...
Sabe agora dos segredos
Da cura dos beijos
E dos enfins, sem fins, dos confins, do interior
Tão bela, tão belo, sertão, luz cheiro e cor.
Seria esse delírio um prenuncio?
A chave de seus mistérios?
Ela detém a seiva da vida no peito.
E sua calda de serpente sagrada adentra na terra
Em mil veias d'água nos olhos.
Dos olhos pro chão, do chão pra o céu
Caindo o véu, rasgou-se o tempo em seu coração
Abrindo uma brecha nessa existência
Nos vimos. Um futuro.
Abundância no mundo!
E o lamento profundo
Que sempre se confundiu
Com os cantos de felicidade de um povo,
Agora é certeza, tudo se acaba em festa!
Ao som dos pifes, rabecas e zabumbas!
Escutas?
Nossos filhos estão dançando.
Essa felicidade foi adivinhada por tu, em tua essência
Por teus encantos e encantamentos.
Todo contato contigo é ensinamento.
Todo sonho.
É o efeito do querer nos sentidos.
Quando a manhã luzia em meu peito
Tão ontem eterna se foi a tarde
Que o hoje refez meus sentimentos.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Perdoe
Talvez você realmente tenha perdido a oportunidade (o poder) de me deixar saudades.
Porque zombaste do aleijo de minha palavra, da franqueza de minha poesia, do som profético da canção que te fiz.
Perdoe, agora não tenho nem se quer nada pra te dar, os meus nervos estão ainda espalhados nesse lugar, talvez se adaptando, e meus pensamentos, não tenho escrito.
Só o vulto de teu corpo perseguindo a lentidão de meus olhos, a falta de reflexo de meus sentidos, no entre-sono enquanto adormeço.
Mantenho-me assim durante toda a noite e o tempo presente, restante, que pudesse servir pra sonhar-se.
Não sei se ainda estou em você, não sei se você ainda está em mim. Mas,
Quero lembrar do que vivi, pra ressenti-la
E depois esquecer que fomos tristes
Pra que a felicidade, assim, das próximas vezes
Seja um tantinho mais inconseqüente.
Enquanto dure.
Porque zombaste do aleijo de minha palavra, da franqueza de minha poesia, do som profético da canção que te fiz.
Perdoe, agora não tenho nem se quer nada pra te dar, os meus nervos estão ainda espalhados nesse lugar, talvez se adaptando, e meus pensamentos, não tenho escrito.
Só o vulto de teu corpo perseguindo a lentidão de meus olhos, a falta de reflexo de meus sentidos, no entre-sono enquanto adormeço.
Mantenho-me assim durante toda a noite e o tempo presente, restante, que pudesse servir pra sonhar-se.
Não sei se ainda estou em você, não sei se você ainda está em mim. Mas,
Quero lembrar do que vivi, pra ressenti-la
E depois esquecer que fomos tristes
Pra que a felicidade, assim, das próximas vezes
Seja um tantinho mais inconseqüente.
Enquanto dure.
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