As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Perdoe

Talvez você realmente tenha perdido a oportunidade (o poder) de me deixar saudades.
Porque zombaste do aleijo de minha palavra, da franqueza de minha poesia, do som profético da canção que te fiz.
Perdoe, agora não tenho nem se quer nada pra te dar, os meus nervos estão ainda espalhados nesse lugar, talvez se adaptando, e meus pensamentos, não tenho escrito.
Só o vulto de teu corpo perseguindo a lentidão de meus olhos, a falta de reflexo de meus sentidos, no entre-sono enquanto adormeço.
Mantenho-me assim durante toda a noite e o tempo presente, restante, que pudesse servir pra sonhar-se.
Não sei se ainda estou em você, não sei se você ainda está em mim. Mas,
Quero lembrar do que vivi, pra ressenti-la
E depois esquecer que fomos tristes
Pra que a felicidade, assim, das próximas vezes
Seja um tantinho mais inconseqüente.
Enquanto dure.