As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Cedo da tarde

Como uma realização de flor
Sangue e seiva em minhas veias
Circulavam meu corpo
Alvoroçando meu desejo em fotossíntese

Me atentando feito lembrança de beijo
Tanto calor forjara rijeza em meu peito.
Ela ainda me consumia o coração
Com instintos vegetarianos de um leão

O passado aos pouco se consumia
E cada parte de mim
De dentro pra fora
Ruminava saudade
Num movimento sem fim

E eu cantava, e o vento
Num leve ciclone soprava
Já era o bastante pra te sentir,
A velha tempestade, chorar e sorrir.

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