As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dona do meu juizo

Se o seu olhar já não basta pra dizer!
Vá!
Descarregue em mim suas palavras de trovão
Desague toda a sua saliva espessa e venenosa, enfurecida!
Se assim se sentires melhor
Ataque-me com gestos agressivos e de inquietação
Exale esse cheiro de descontentamento!
Sim, isso me fará sofrer, claro.

Mas
Antes que o mundo seja influenciado por tua ira de Deusa!
Experimente desabrochar as boas lembranças da ultima estação!
O orvalho das tuas poesias manhães
O abrir dos olhos num sorriso lento e verdadeiro
E se ainda, não se sentires melhor
Imponha-me os gestos doces do teu equilíbrio feminino
E deixa-me tua falta, teu perfume e companheirismo
Assim, sentirei muito mais, a tua presença, a tua ausência
E minha culpa mesmo que injusta ou absurda, pesará
E tu serás como sempre a dona do meu juízo
Estarei pra ti, como aquele que sucumbi ao golpe da espada.
Tua nobreza, em mim, como farpas

Se quer saber, isso é o que me fará sofrer
E a tua indiferença é o que me mata.

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