Uma das mãos acenava
A outra guardava uma flor
E o sorriso era de quem tinha saudade
Um dos olhos estava no tempo em que nos conhecemos
Ou outro me fitava, querendo me despir
Num ouvido ela tinha o vento
A canção que sempre lhe guiara
No outro, meu beijo a lhe enlouquecer
Em uma das narinas ela tinha o perfume
O lugar que nunca deixou
Na outra, meu cheiro a lhe descontrolar
Num seio ela tinha meu coração
Que muito além do prazer
Sentia pulsar a paixão a povoar os sentidos
No outro ela tinha meu amor jurado e desejado
Na boca ela tinha carinhos
O prazer se fazendo canção
E o meu corpo vibrava no seu
Uma linda melodia, numa leve tensão
E a cada respiração diminuíamos
A saudade e também todo medo
Os sentidos já estavam perdidos.
Só sabíamos o que precisávamos,
Vivermos como nunca e sempre
E refazer exatamente tudo diferente
No abraço sentimos o mundo
Lembrando-nos que éramos
Apenas duas crianças crescidas
Se reencontrando a brincar
Nada, é impossível!
A realidade vivendo e sonhando
Dois corpos num mesmo espaço habitando
Um só lugar
2 comentários:
Sou apaixonada pelo que vc escreve. Acabei de publicar no facebook esse poema, eita eu inxirida nem peço licença. kkkkk
Existe uma certa e clara diferença entre beleza e boniteza. Tem o que atrai os olhos, mas perde o sentido antes mesmo de fazer algum. Tem os olhos que as vezes estão cegos, porém dispostos, e enxergam bem quando sentem tamanha beleza. Sobre sentir a diferença entre beleza e boniteza, sabe? Então... Tem os dois por aqui. Bom o que eu vi e, melhor ainda o que senti.
Parabéns =)
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