As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 28 de março de 2012

Admitindo

Os versos que ela me deu
Eu aceitei, e musiquei, e cantei
Lhe devolvi, ela sorri, eu brinquei.
Ela falou que estava tudo lindo
E sonhou. Lacrimejou felicidade
Mas, em seu olhar, me parecia
Ainda lhe faltava algo a ser vivido,
De repente, que minha voz lhe soasse
Como um delírio, atrevido.

Enfim, ela admitiu que sente
Mas que não sabia bem
O que era tudo aquilo,
O que foi tudo isso,
O que é, o que seria...
Minha aparente dúvida
Talvez, a incomodasse
Mas tanto mistério
Lhe instigava

Eu falei que não tivesse medo
Porque sentia o que acontecia
E assim, quem fica, quem vai?
Ela passa? Passo eu?
...Passo a passo
Vidas, outras
Mas tudo isso é relativo, não é?
Então, aqui estamos.
Pra onde vou?
Pra onde vais?
Pra onde?
Vamos?!

O que permanece, se não o perfume?
Na alma, a paixão, no vento
O cheiro da poesia rompendo o tempo
Insistindo (que em casos assim)
A razão é que menos importa

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