Acompanhando o sol no eterno meio-dia
Mas num espaço de sonhos
Onde as poesias do tempo são de nossa autoria
Pouso no Araripe
E ao aterrizar nos teus olhos
Logo me toco, Cariri que sôo e te realizo.
Minha artesã-nata-canção!
De terra, semente e esperança
Adivinho o que virá pela frente
Como um ritual de pajelança
Logo te toco
E me realizo...
E então somos verdade
Adivinhada
Anunciada
Escrita e cantada
À duas vozes, e quatro mãos
Beijos ofegantes
Transe, paixão
Minha centelha
De luz da Mãe D'água
Meu amor guardado
Em capuchos de algodão
Sou um caboclo de asas
E minhas flechas de fogo
São profecias Cariris
Rasgando a tristeza
E a maldade do mundo
Realizando-nos!
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