As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Transe II

Acabei de me alembrar
Que essa noite
Eu cantei que estava sonhando

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Adolescência

Os sentimentos se condensam
Tal qual uma carregada nuvem negra
Que se apresenta na forma de um dragão ou borboleta
Em pulsos elétricos que gorjeiam estrondos
Anunciando a tempestade
(Estou em minha adolescência)

E meu canto fala desses céus
Do que se vê, e do que esta além do firmamento.
Se daqui os pássaros e vapores densos
Nos são imagens do físico limite aéreo,
Logo depois dos olhos de onde minh'alma
Teve anterior morada, cantam crianças caboclas
Como anjos, confundidas.
São Cariris, erês
Warakidzãs, encantadas!
Juntos saldamos com respeito e honra,
Nossos mestres,
Anciãos e ancestrais!
Em suas presenças, trago a saudade,
Que guardo comigo a vida inteira
E vejo na fumaça que revoa no futuro, o passado

Dos tempos remotos da infância do mundo
Dos espaços mais distantes do universo
Dos jardins do quintal de minha casa
Das revoltas em rock'roll cantadas
Nas valsas de reisados dançadas
Em baiões de improviso com os pífanos
No sangue quente do jogo de espadas,
Grito as lembranças dos amores mais promíscuos!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Sementes de esperança II

Não chore meu bem, não chore
Mas se assim tiver de ser,
Que tuas lágrimas reguem
A terra em que tanto dançamos
Lembrando dos antepassados.
Dividimos a mesma dor,
Se hoje é tu quem vai
Amanha sou eu quem vou
Pra partir ou retornar...
Contudo, sempre fomos felizes,
Cultivamos tantos sonhos,
Que quando essa saudade fulorá
A vida real já será tão verde e bela
Que haverão muitos frutos pra colher
Alimentando a mim, a você, os nossos filhos
Todos os nossos familiares e amigos
E ainda haverá o bastante para oferecer
Pra todos que queiram se satisfazer
Com o fruto sagrado da arvore esperança,
Que só cresce onde existe a luz da poesia
Só se desenvolve onde há carinho
E apenas floresce onde puder existir o amor

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dando Voltas - Valsa dos apaixonados

Ela dança nos meus sentimentos
Dando voltas no meu coração
E descansa seus sonhos mais lindos
Na morada da minha razão

Ele gira nos meus pensamentos
Anda às voltas em minha razão
E me canta seus sonhos mais lindos
Namorado do meu coração

E levamos nossos sentimentos
Indo e vindo! Em vôos, em vais e voltas,
Entre amores e pazes, fazemos revoltas!
E assim se renova a paixão!

Porque quando juntos dormimos,
Passageiros de nossa amizade
Acordamos os sonhos mais lindos,
Namorados da felicidade