As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Nova Luz do Sol - Praia Morais


A luz nova do sol
Atravessa paredões de nuvens
Espalhando, tingindo
O mesmo inigualável mundo
Em cores do grande verão no sertão.

“Quente!”
Chegando, vindo
Não explicando nada
Explicita ordem de acordes!

Queria ser lua eterna.
Nas noites ir e vir.
Solto, leve, exposto.

Na luz corro,
Entendo e não entendo.
Passo adiante a cara inchada ainda.
A vida que vivo
Quando acordo atônito
Puxado sugado
Para suor correr a luz do dia.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Chama

Estou aqui
Na tumultuada solidão sudeste.
Num firmamento de estrelas imaginárias
Num cinza afoito de pensamentos
E com o frio só me resta cantar
Pra aquecer a alma
Queimar tristezas
E seguir caminho

Pra estar lá
De onde vim
E aqui
Onde conheci teu sorriso
Qualquer lugar onde eu seja preciso
E poder falar pra quem puder ouvir
As coisas do coração
Recriar sertões
Embalando palavras
Com papeis desenhados de poesias
Na velha rede da saudade, balançando
Varar noites e dias sonhando
De onde viemos e pra onde vamos?

Se nesse mar de tempestades navegamos
Que nesse céu de ventanias, voemos
Dancemos em toda terra em que pisarmos!
Com o peito sempre apaixonado
Feito chama, alimentando-se
Elementando-se com o fogo sagrado
Que transforma todas as tristezas do mundo,
Em-cantos,
De amor.