As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

domingo, 27 de maio de 2012

Decepção

Não me importa o que você falou...
O que me deixa triste é o que senti
Sua verdade suspeita, incompartilhada
O falso pudor de tua
Dissimulada, maqueada face.
Sua política
Me entristece
Me absurda
Tanta ingênua,
Asemântica, romântica,
Fé em você,
Que eu tinha.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Comum

Não me importo mais, tanto, com as coisas especiais
Me instigam muito mais

quase apenas
simplesmente
as comuns

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Canção pra um velho amigo

Faça tudo ao seu tempo
Da forma que der
Seja apenas você
O melhor que puder

A vida que sonhamos realizou-se
Consegues ver?
Tudo o que plantamos brotou
Agora só nos resta colher

Os amigos, os amores
A poesias simples, a vida
Os excessos, as dores
Crescemos cantando
E o equilíbrio encontramos
Entre espinhos e flores

O amanhã nos chama
Porque o presente já está cumprido
Realizou-se a profecia
Desencantamos nosso povo
Tivemos o nosso seu papel
E mesmo que venha a morte
E que renasçamos sementes
Sei que cantaremos felizes
Sofrimentos e alegrias
Cruzando noites e dias
Nossas vozes ecoando no vento
Numa velha canção adolescente:
"É isso, meu velho amigo
Faríamos tudo novamente"

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Astrofísica

A vida
C'est comme le ciel
Comme le vent
Comme le firmament
Calmez
Tempêtes
Brises légères,
Les ouragans
Eqüanções
Etoiles
Constellations
En guidant
Pelos 7 ares 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Seriedade

Calo sério sobre mim
Mas nao é de se preocupar
Normal
Escolhi, essa vida, suas levezas e fardos
E sei que de alguma maneira
Contribuo, pra o mundo, pras pessoas
Instintivamente, musico
O que sinto, sentes
Mesmo que isso devore meu corpo
E aos muitos consuma minh'alma.

Desfiando minha esperança
Lhe teço minha vontade, criança
Lhe desnudei os sentimentos
Agora lhe revisto com a calma
Dos anos, tudo o que cantamos.
Sim, fomos felizes aqui
Mas chegou a hora de partir
O resto fica pra outra vida
E e-ventualmente semeará nossa arte
Aos quatro temos

Amanhã Terminamos

Menina
Por favor
Nos dê só mais um silêncio.
Vamos dormir
Sonhar com o fim
Amanhã terminamos.

Mono

Ela acordou com vontade de me ver
Tanto que sonhou,
Com desejos outrora dormidos,
Despertou pro meu amor
Mas agora, seria? Tarde?
E eu estava mono
Sem paixão, pensando
Tomando uma xícara de fé
Sem açúcar. Com sono.

Cansei da mesmice!
Hoje farei diferente
Cantarei com o corpo
Dançarei com os lábios!
Vou exalar no ar os sons que desejas sentir
E o gosto que levarei comigo
Será sentido aos avessos
Como os versos dos teus olhos vendados
Lacrimejando vontades, cegas

Revolta

Tome seus sonhos de volta
Só devolva minhas revoltas
Fique com a paz que te dei
Fico com a realidade em luta.
Sim, esta é minha labuta
A arte que passa por mim
E que vem dos comfins
Dos semfins das existências
Rompendo magias, ciências
Envelheceu, minha criança
Me rejuvenescendo