As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 29 de maio de 2013

A roda

Eu aqui só no Ratatat!
Pum pum pá!
Em delays e bits violados
Geraldo é dois?!
Quem veio primeiro
Quem veio depois?
Quem sou eu, que vos fala, dos dois?

No que dará essa simbiose?
Realismos virtuais?
Uma paixão musicada?
Amor dividido por dois
É igual a amor ao quadrado
Pelas contas muito tempo passou
E quantos andamentos?
Caí (e me levantei) na estrada
Enquanto sempre
A roda nunca saiu de moda
Mas, isso já nem importar,
Agora podemos voar

Cantar de outras formas!

Artesanato

Não gosto de ser enquadrado
Com um rótulo, industrializado
Almejo meus nomes
E-feito as mãos,
Desenhados
Mesmo que sintetizado
Artesanato! Madeira, cera, barro
Que sejam cacos de vidro, arame farpado!

Penduricalhos e flores nunca são demais
Pra quem tece sonhos e sons na vida
Construindo a sorte de quem sabe o que quer.
Se for preciso renascer, que assim seja,
Reexisto em você, mulher

Se um dia faltar voz, saúde
Mas, me sobrar saudades
Eu irei te procurar
E se você não me atender
Me retorne ou não, quando bem entender.
Sei que estavas ensaiando teus teatros
E eu gosto disso.
Invente uma boa desculpa pra mim
E ficamos tudo bem.
Acredito em suas mentiras, assim,
Quando bem atuadas, entoadas.
Que assim seja, se essa também é tua arte.

Uma dança resolve tudo
Ainda mais se for improvisada
Não percamos tempo
A não ser que seja por tudo,
Mas nunca. Nunca meu amor por nada.

Eu faço meus passes e trejeitos
E você segue em seu bailado
Eu puxo a sua peça de entremeio
E você vem, invade o terreiro do peito
Como a rainha do reisado

domingo, 5 de maio de 2013

Aos Gritos

Não consigo sentir falta
Do pedaço de mim que te pertence

De minha parte
De minha arte
De tua parte
Sei que sou sempre bem cuidado
Mesmo quando me descuido
E me esqueço
Que te lembras de mim
Quando a saudade canta
E o amor se faz sentido em silêncio
Ao prenunciar
Ao pronunciar
Ao renunciar
O que fica dito pelo não dito.

Sabemos onde isso vai dar
Nem precisamos nos preocupar
A paixão da suas voltas
(Ja rimos muito com isso)
Porque ela é espalhafatosa!
Vai sem avisar, misteriosa
E volta inconseqüente
Aos gritos!
Carente, carinhosa
Cantando rock'n roll
Declamando poesia em prosa
Declarando seus desejos
De mudar o mundo