As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Desentendimento

Diz o poeta
Na dor da saudade
Nos confusos carinhos
No aperto das mãos
No beijo que beira a boca
Na respiração inspirada
Que eleva o perfume da flor

Insiste,
Que prefere não chamar de dor
A falta da rima que lhe falta
Nem de canção pelo pesar enarmonizado, dissonante.

O amor fere
Mas,
Cura
E é sempre maior que qualquer tola paixão...
Felizes nós, que preferimos a amizade da dança
A vida nos movendo com poesia.

E assim cala
Que não quis dizer nada
Quando não disse tudo
Porque é simples
Na poesia, como no beijo
Fica tudo subsentido.

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