As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Improviso
Pareceu uma eterninade
Mas por alguns segundos
Meu gesto perdeu-se meio inseguro
Minha voz congelou-se no vento frio do teatro
Quisera eu que fosse proposital,
Aquele silêncio descomunal, em uma cena por Sidnei Cruz dirigida,
Ou uma interpretação espetacular de uma maturidade adquirida
Mas não, meu olhar perdeu-se ao encontrar
A luz encadeante que vinha da plateia
Nem tive tempo de me preparar, fugir
Os críticos, claro, já haviam notado
Eu havia me desconcentrado, naturalmente,
O público, sentiu como se fosse um movimento ensaiado
E até ficou identificado, emocionado com a verdade que ali sentia
Seria se fosse se foi arte, meu devaneio escancarado que ninguém via
O espetáculo então passou a ser
Meu inseguro olhar apaixonado.
Assim interpretei
Assim fui interpretado
Até hoje falo pra todos que foi combinado
Mas aqui pra nós,
Roubou-me o coração e a cena
Aquela menina
Que dançava sentada,
Pairada em minha frente,
Feito uma bailarina
Mas por alguns segundos
Meu gesto perdeu-se meio inseguro
Minha voz congelou-se no vento frio do teatro
Quisera eu que fosse proposital,
Aquele silêncio descomunal, em uma cena por Sidnei Cruz dirigida,
Ou uma interpretação espetacular de uma maturidade adquirida
Mas não, meu olhar perdeu-se ao encontrar
A luz encadeante que vinha da plateia
Nem tive tempo de me preparar, fugir
Os críticos, claro, já haviam notado
Eu havia me desconcentrado, naturalmente,
O público, sentiu como se fosse um movimento ensaiado
E até ficou identificado, emocionado com a verdade que ali sentia
Seria se fosse se foi arte, meu devaneio escancarado que ninguém via
O espetáculo então passou a ser
Meu inseguro olhar apaixonado.
Assim interpretei
Assim fui interpretado
Até hoje falo pra todos que foi combinado
Mas aqui pra nós,
Roubou-me o coração e a cena
Aquela menina
Que dançava sentada,
Pairada em minha frente,
Feito uma bailarina
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Até Vocês
Até Vocês - Geraldo Junior e Roberto Kauffmann
Se eu pudesse agora mesmo
Eu ia no sertão
Pra rever a minha gente
Acalmar meu coração
Quando a saudade me faz roer
A sanfona pede pr’eu toca
E então o que me faz sofrer
Logo passa a me alegrar
Tenho o peito dividido entre o aqui e o acolá
O aqui-agora é de certa forma o meu lar
Não importa pronde eu for, eu vou sentir falta de um "lá"
Cantarei porque assim eu posso estar em qualquer lugar
A saudade me faz relembrar
Que arte é um fruto sempre de vês
Porque esteja onde eu estiver
O meu canto me leva até vocês
Se eu pudesse agora mesmo
Eu ia no sertão
Pra rever a minha gente
Acalmar meu coração
Quando a saudade me faz roer
A sanfona pede pr’eu toca
E então o que me faz sofrer
Logo passa a me alegrar
Tenho o peito dividido entre o aqui e o acolá
O aqui-agora é de certa forma o meu lar
Não importa pronde eu for, eu vou sentir falta de um "lá"
Cantarei porque assim eu posso estar em qualquer lugar
A saudade me faz relembrar
Que arte é um fruto sempre de vês
Porque esteja onde eu estiver
O meu canto me leva até vocês
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Relatividade III
Trate tudo com carinho. Não custa nada. O amor não é apenas uma realidade romântica distante, é uma pratica simples. Os sentimentos tidos como negativos, ódio, vaidade, ciúme, existem, claro. Mas, incentivar o bem, é antes de tudo admitir o "mal", e assim, neutraliza-lo. Na busca do tão falado equilíbrio. A dinâmica do universo não distingue tais forças. Aquela velha história, a relatividade.
As pessoas, sua família, seus amigos, seus inimigos! As flores, as pedras, os animais, os vegetais, seus alimentos, excrementos, seus sonhos, seus pesadelos, seus deuses e seus "demônios", seus luxos e seus lixos. Trate todos e tudo com amor, ao menos pra equilibrar um pouco a existência... Tudo faz parte do universo e é matéria prima pra o amanhã agora.
Entende?
Sente?!
As pessoas, sua família, seus amigos, seus inimigos! As flores, as pedras, os animais, os vegetais, seus alimentos, excrementos, seus sonhos, seus pesadelos, seus deuses e seus "demônios", seus luxos e seus lixos. Trate todos e tudo com amor, ao menos pra equilibrar um pouco a existência... Tudo faz parte do universo e é matéria prima pra o amanhã agora.
Entende?
Sente?!
terça-feira, 15 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Casamento
Ele queria chorar
Ela não se deixava sorrir
Ele queria pintar
Ela não pensava em florir
Ele queria descer
Ela só pensava em subir
Em voar
Ele queria cantar
Ela não sabia
Que sabia ouvir
Depois de tanto se olharem
E imagens imaginarem
Não lembram bem, quem, ou o que gerou
O beijo que calou, os pensamentos,
Mas nem importava mais, agora era real
Eles queriam juntos coisas diferentes
E a vida era simples, não por acaso
Como brigar pela tampa aberta do vaso
Ou pelo aperto no meio da pasta de dentes
Ao mesmo tempo em que sentiam a injustiça dos homens
Encontravam-se quase sempre felizes e contemplados
Pelo saber feminino ancestral, natural das mulheres
Enquanto isso, Ana menina subia e descia tocando sua flauta
E Inspirado talvez, Pedro criança, aprendendo a saber ouvir
Pintava as paredes da casa
O mais novo, sendo tão novo
Ainda não sabia o que era nascer
E eles nem imaginavam
Que iriam discutir
Por mais um nome de bebê
Ela não se deixava sorrir
Ele queria pintar
Ela não pensava em florir
Ele queria descer
Ela só pensava em subir
Em voar
Ele queria cantar
Ela não sabia
Que sabia ouvir
Depois de tanto se olharem
E imagens imaginarem
Não lembram bem, quem, ou o que gerou
O beijo que calou, os pensamentos,
Mas nem importava mais, agora era real
Eles queriam juntos coisas diferentes
E a vida era simples, não por acaso
Como brigar pela tampa aberta do vaso
Ou pelo aperto no meio da pasta de dentes
Ao mesmo tempo em que sentiam a injustiça dos homens
Encontravam-se quase sempre felizes e contemplados
Pelo saber feminino ancestral, natural das mulheres
Enquanto isso, Ana menina subia e descia tocando sua flauta
E Inspirado talvez, Pedro criança, aprendendo a saber ouvir
Pintava as paredes da casa
O mais novo, sendo tão novo
Ainda não sabia o que era nascer
E eles nem imaginavam
Que iriam discutir
Por mais um nome de bebê
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Devaneio III (Warakidzã)
Deixei soar o acorde até o último instante
Alimentei a chama que dormia em meus lábios
E dei um trago, profundo na noite
Escorado ao violão que agora então repousava
Olhei pra o relógio a marcar zero hora
A fumaça me escapava dos dentes,
Eu senti o tempo quase pairado.
De repente, o som do freezer rompeu o silêncio,
Estrondou como um baixo de acordeão contando o ar
Sem fome, e sem pensamentos
Abro a porta da geladeira e num movimento de degelo automático
E em transe, pegando a caixa de leite,
Encadeado com luz que atravessa o vão semivazio da câmera fria
Vislumbrei um futuro e tornei a si
Durma ou madrugue
Entre o hoje e a manhã
Sempre me ressoa o corpo
E eu fico de alma tocado
Em alguma nova canção
Entoado
Alimentei a chama que dormia em meus lábios
E dei um trago, profundo na noite
Escorado ao violão que agora então repousava
Olhei pra o relógio a marcar zero hora
A fumaça me escapava dos dentes,
Eu senti o tempo quase pairado.
De repente, o som do freezer rompeu o silêncio,
Estrondou como um baixo de acordeão contando o ar
Sem fome, e sem pensamentos
Abro a porta da geladeira e num movimento de degelo automático
E em transe, pegando a caixa de leite,
Encadeado com luz que atravessa o vão semivazio da câmera fria
Vislumbrei um futuro e tornei a si
Durma ou madrugue
Entre o hoje e a manhã
Sempre me ressoa o corpo
E eu fico de alma tocado
Em alguma nova canção
Entoado
Movimento II
As vezes paro
(Num movimento de cena)
E me vejo a tragar o momento
Com o olhar mirando o infinito
Em câmera lenta
Envolto na fumaça
Consigo perceber
Que estou pensando no nada
E de certas formas esse vazio me preenche
Me enche
Até transbordar
"Revolto", ao tempo das mulheres
Desaguo a cantar e dançar
Sem saber ao certo se entrei ou sai de um transe
Sinto que me expresso
Na verdade
Com essa eterna dúvida passageira
E assim,
Minha arte se constrói
Da incerteza
(Num movimento de cena)
E me vejo a tragar o momento
Com o olhar mirando o infinito
Em câmera lenta
Envolto na fumaça
Consigo perceber
Que estou pensando no nada
E de certas formas esse vazio me preenche
Me enche
Até transbordar
"Revolto", ao tempo das mulheres
Desaguo a cantar e dançar
Sem saber ao certo se entrei ou sai de um transe
Sinto que me expresso
Na verdade
Com essa eterna dúvida passageira
E assim,
Minha arte se constrói
Da incerteza
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Busca
Se tudo está imperfeito
Imagina quando a canção estiver
Às horas
No perfume, inevitável
Na poesia de compor
De tocar.
Ficamos em silêncio
E tocados, sem conseguir esconder,
Almas, mentes e corações, em uníssonas dissonâncias
A tecer as ânsias,
Nossas artes sendo uma em umas
Fio a fio
Notas?!
Pincelamos as notas
Tons e tons.
Nos perdemos naquilo que achávamos
Quando imaginamos que acabávamos
Sentimos um começo.
Pra nossa surpresa,
Uma colorida incerteza.
Vai ver,
É isso que buscávamos
Imagina quando a canção estiver
Às horas
No perfume, inevitável
Na poesia de compor
De tocar.
Ficamos em silêncio
E tocados, sem conseguir esconder,
Almas, mentes e corações, em uníssonas dissonâncias
A tecer as ânsias,
Nossas artes sendo uma em umas
Fio a fio
Notas?!
Pincelamos as notas
Tons e tons.
Nos perdemos naquilo que achávamos
Quando imaginamos que acabávamos
Sentimos um começo.
Pra nossa surpresa,
Uma colorida incerteza.
Vai ver,
É isso que buscávamos
domingo, 6 de outubro de 2013
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