As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Amor

Não prendam-se a nada
Esteja livre em tudo
Para que assim
Seja desnecessário
O desejo de fugir-se
Mas enfim
Se algum dia encontrar-se
Sentir-se, sem sentir
Apele pra o amor
Essa oração libertadora
Desatadora dos sós

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Passado

Ela me falou, áspera
Muito mais do que ressentia ou precisava
Eu, não lhe respondi nada, 
Mesmo com todo silêncio que eu tinha
Preferi
Por tristeza ou maturidade
Refletir
Fazendo uma canção
Para
A poesia inacabada
Que eu nunca lhe daria

domingo, 9 de novembro de 2014

Os pequenos João e Clarice

Ele as vezes chegava do nada
Me contava uma história engraçada
Me arrancava uma gargalhada
E fazia amor comigo

Vez ou outra chegava ao meu lado
E assim como alguém acolhido
Me arrancava um sorriso calado
E me abraçava como um amigo

Sempre quando ele sumia
Em alguma de suas viagens
Me mandava umas mensagens
Com canções e trechos de poesias

Parecia nunca estar triste
Mesmo quando sabia que estava
Mas ele dizia que passava
Logo depois que eu sorrisse

E assim ele me conquistava
E quando dei fé já estava
Casada, com suas palavras,
Silêncios, canções e meiguices

E sempre que ficamos
Chateados com a mesmice
Ele canta essa canção e dançamos
Contando como nos apaixonamos
Pra os pequenos João e Clarice

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A Menina Dança

Como meus versos e corações
Ela pula. Pulsa.  Dança.     .       .
Incansável
Em seu tempo de cena. Uma criança.
Quisera eu
Ter aquele sorriso saltando da boca
Sempre que o mundo me parecesse hostil
Na fotografia, em câmera lenta
Sinto o seu movimento eterno
E ouço a voz de seu peito
Me declamando alegrias.
Suas palavras são canções
São poesias
Que impulsionam a mim e o mundo
Pra um lugar qualquer no futuro
Onde as coisas não perdem
O tempo da felicidade

sábado, 1 de novembro de 2014

Dramaturgia moderna

O tempo das coisas
Da vida,
Anda um tanto estranha, enfim,
A cronologia existe mais pra dizer que não.
O sorriso quase sempre acontece depois da alegria passada
Porém, assim,
A tristeza finda por desencontrar-se de si
Quando já não mais existe
E o dia renovou-se
Com outros sentidos
Sentimentos e percepções
Que tendem para a esperança
Em uma ingênua e necessária fé