As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Tenro

Ontem-hoje
Cheguei pelo céu aberto
O tempo choveu
Encarregando-se de aguar o terreiro
Brinquei como um cão rolando no chão
Enquanto a noite despia-se das nuvens
, pra mim,
Durante meu entressono
Os silêncios transmutaram-se
Dando espaço aos sonhos do dia
Os pássaros cantaram fortuitamente
Senti-me em casa 
Escrevendo meus pensamentos
Como se minhas impressões
Na gravidade da luz
Fossem tivessem o som de poesias matriciais
Ou mesmo, indo além,
Cheiro, cor e lembranças
Das provas finais em estêncil
Feito o branco-azul-manhã
Dos meus jardins da infância
Tenro

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