Ela me olhou e perguntou
O porque do meu sorriso
Eu mudei o semblante
Não falei nada
Fiquei contido
Sério e calado.
Esperei alguns eternos segundos
E assim como quem não queria tudo
Apenas um pouco de absurdo
Num cinema mudo brincado
Implodi uma risada boba
Que começou pelo canto da boca
E se espalhou pelo céu alem dentes
Inclinando a cabeça às nuvens
Num rápido devaneio de mil bel'imagens
Suspirando feito adolescente apaixonado
Equilibrei minha alegria e entusiasmo
E voltei a sorrir assim tão honestamente
Que ela finalmente entendeu o recado
E sem me perguntar mais porquês
Desnecessários
Dançamos as mãos, embailados
Ela disse eu meu pé d'ouvido
Que às vezes eu parecia um menino
E me disse pre'u deixar de ser abestado
Eu cantei um trecho de uma canção
Que tocou seu coração
E voltamos a falar a mesma língua
Universais reginalismos
Saliva, suor e pecado
Nenhum comentário:
Postar um comentário