As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Sobre a Mesa

Na minha voz da consciência
Ressoa um canto de criança
Que saltava, ressaltava nos quintais de esperança
Entre uma vida e outra de eternidade
Tendo surtos de sua individualidade
Quando ela sonhava com sua gente 
E reconhecia aqueles com quem entrelaçaram caminhos
Nas veredas noturnas dos sentimentos
Gerou-se alguma forma de comunicação com outros mundos
Como se nos primórdios a poesia, e toda arte fosse uma tecnologia
Uma pontes entre dimensões 
Em palavras que acalentam as almas
Nada mais são que vivos-versos-verdades, divinas, comunhão
Intercessão
Ponho as cartas na mesa branca
E me deixo ser instrumento
Da salvação

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