As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

domingo, 28 de junho de 2015

Crepúsculo

Ela se emociona no colo da terra
Nos abraços onde estou.
E segue com o pôr do sol
Desterrando os olhos ao horizonte.

Lá estará, num vislumbre o seu caminho?

A luz divina em teus olhos refletida,
Mostrará o destino como um canto do arrebol
O sol, a lua, se pondo e renascendo num bailado eterno
A cada dia
Vida
Dádiva

Estenda suas mãos ao tempo
E colha os frutos da esperança
Que nascem a cada oração
Alimentando os sonhos, crianças
Sejamos como as lembranças
Saudades e reencontros
Equilibrando alma, mente e coração

sábado, 20 de junho de 2015

Profecia Universal

Quando nos encontraremos pela estrada?
Em qual estação seremos sol e chuva?
Quando o céu for propício,
E os astros estiverem alinhados
Aos olhos e corações do hemisfério norte e sul
Seremos eclipse 
O movimento de rotação e translação
Será a dança sagrada das novas gerações
O mundo partilhará do amor divino
com nas profecias e contos da antiguidade
Então seremos uma singularidade
Nem homem, nem mulher
Cada uma será tudo o que quiser
E o gênero estará além dos antigos humanos
A maldade e a intolerância pertencerão ao passado
Assim como o presente será das crianças
Num futuro já realizado

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Movimento III

Aqui a lua cheia de saudade vai minguando
O céu, do hemisfério sul ao norte
Parece um tanto quanto calmo
Até que as estrelas afoitas riscam os céus
Alvoraçados, os desejos dos amantes
As palavras dos poetas
As marés em seus bailados eternos
- O corpo das mulheres que dançam -
Sentem a influência dos astros
E numa energia sutil que rodopia
Em rotação e translação infinita
Se recria o amor que percorre todo o universo
Assim todos se sentem a conexão
E no fundo, vivem a mesma paixão inevitável
A deusa canta sua oração d'aurora
E o velho-novo ciclo se refaz
A vida-morte segue em suas coexistências
Duvidas e fés renovadas
Sem descriminar gêneros
Luz e escuridão
Silêncio e canção
Partida e chegada