Meu espírito se balança
Fita o céu
E num dervixe
Em centrífuga dança
Se lança no vácuo
Despido do corpo
Numa forma ancestral
Essencial
Se divide em quatro
Direções-estações
Em sete forças
Em luz e sombra
Em todas as cores
Em doze tons
No espaço tempo
E eterno sonho
Retorno a mim mesmo
Numa sensação de poesia
E penso nisso
Mas antes de tudo
Sinto um pouco o universo
De onde vim e parti
Onde chegarei com essa conversa?
Nesse monólogo-diálogo
Me falta a palavra
Como explicar
O que não tem pronúncia
Nem estável padrão vibratório?!
No mínimo,
O máximo que posso
É bem-dizer
Como se diz,
O que não se diz
Se canta
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