As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sábado, 29 de agosto de 2015

Como Não se Diz

Meu espírito se balança 
Fita o céu
E num dervixe
Em centrífuga dança
Se lança no vácuo
Despido do corpo
Numa forma ancestral 
Essencial
Se divide em quatro
Direções-estações 
Em sete forças
Em luz e sombra
Em todas as cores
Em doze tons 
No espaço tempo 
E eterno sonho
Retorno a mim mesmo 
Numa sensação de poesia
E penso nisso
Mas antes de tudo
Sinto um pouco o universo
De onde vim e parti
Onde chegarei com essa conversa?
Nesse monólogo-diálogo
Me falta a palavra
Como explicar 
O que não tem pronúncia
Nem estável padrão vibratório?!
No mínimo,
O máximo que posso
É bem-dizer
Como se diz,
O que não se diz
Se canta

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