As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

#OsOlhos

Na falta da gravidade
Ou na fluidez da luz que se ia
Sobre o corpo deitado
Que reluzia
Uma gravidez imprevista
Às ideias
Delineando
Melodias
Contornando e entrecortando
#os olhos
Estáticos
A fotografia de si
De cima
No meio do dia
Como Caetano cantando Sampa
Atraindo Narciso à um contrariado samba:
- O que não é espelho e nem belo pode ainda ser poesia
Dependeria apenas do olhar?
Do desleixo da imaginação?!
Porque até então,
Se houver alguma voz
Estaria ela guardada
Atrás das pálpebras
Talvez dançando a parte
Onde o devaneio resista
Ao barulhento silêncio da tarde
De minha odisséia Paulista

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