As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

domingo, 22 de outubro de 2017

Livro de Rostos

Da última vez que nos vimos,
Que nos encontramos,
Foi tão bom.
Nos tocamos
Cantamos e dançamos,
Celebramos o amor
Colorindo a realidade
Espalhando poesia
Pela cidade

Desde então
Vamos tentando
Mas ficamos perdidos
Nessa virtualidade vã
Em conversas entrecortadas
Entre o Whatsapp
Nudes no Snapchat
E histórias no Instagram

Mas não desistamos
Faça chuva ou faça sol
Mesmo que a internet
Fique lenta ou caia
Acordados ou sonhando
Nossos desejos irão se encontrar
E muito além desse livro de rostos
Vamos estar

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Corpo

É só um corpo nu...
Poderia até ter, mas,
Não precisa legenda
Conceito ou preconceito
Se é belo, feio, bem ou mal feito,
Se vc reflete, se é “cultura”, arte ou não
Arte esta já seria, pela essência da questão.
Estar despido de ódio
É muito mais simples e cristão
Do que agir com ignorância,
Pecado seria a falta de amor
Vestir-se com as ilusórias roupas
Da razão


sábado, 7 de outubro de 2017

Não

Não
Mesmo que seja uma boa lembrança
Não fique pensando nele
Sintonize outras coisas
Outras bocas
Outros beijos
Em outras formas de amor
Outros desejos
A paixão nos deixa
Assim
Meio desleixado da gente
Eu sei que isso não é bom
E sei que é melhor ainda
Pra recomeçar
Pense agora em
Tudo o que podes fazer
Na liberdade em que estás
A felicidade de cantar uma canção
Sem a obrigação de cantar