As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

domingo, 22 de outubro de 2017

Livro de Rostos

Da última vez que nos vimos,
Que nos encontramos,
Foi tão bom.
Nos tocamos
Cantamos e dançamos,
Celebramos o amor
Colorindo a realidade
Espalhando poesia
Pela cidade

Desde então
Vamos tentando
Mas ficamos perdidos
Nessa virtualidade vã
Em conversas entrecortadas
Entre o Whatsapp
Nudes no Snapchat
E histórias no Instagram

Mas não desistamos
Faça chuva ou faça sol
Mesmo que a internet
Fique lenta ou caia
Acordados ou sonhando
Nossos desejos irão se encontrar
E muito além desse livro de rostos
Vamos estar

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