As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

terça-feira, 22 de maio de 2018

Não Binário Amor

Não sei se agi certo
Mas sei que não errei
Pela razão, talvez não desse certo
Mas pelo coração, eu sei

Se fortalecer na dor
Seguir o próprio caminho
Escolher o amor
Aprender a lidar com a flor
E também com seus espinhos

Eram olhares de raiva ou medo
Mas hoje entendo, eu sei
Eles temiam se apaixonar
Ou pelo menos se aproximar
De uma pessoa gay

Tanta gente não entende
Mas, eu sou entendida
Não gosto de me gabar
Mas também não vou negar
Que eu sou uma pessoa linda

E assim fiz o caminho
Que me faz tão seguro
Plantei flores
Dentro do armário
Dancei em cima do muro

Olhei pra frente
E me vi no presente
Recordo o passado
Pra não esquecer
Que não escolhi ser
Me descobri assim
Aprendi a me defender
Sem precisar odiar, enfim.

E pra quem se dizer meu inimigo
Tenho amor de sobra pra dar
Nunca pra vender. Por sinal,
Tome um pouco pra você
Minha deusa da sabedoria
Livrai-nos de todo mal

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