As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Encantados

E de repente no tempo
Ao som das maracas
Sinto a presença
Da nação encantada

Eles choram de saudade
Mas também de alegria
Caboclos e caboclas
E crianças curumins

Nessa lembrança
Minha alma sorri
Eu moro neles

Eles moram em mim
Salve os meus pés de serra

E o meu povo Cariri

domingo, 15 de julho de 2018

Passeios

O ciclos evoluem
E tornam-se espirais
Já não andamos em círculos, perdidos.
Olhando apenas pra frente ou pra trás
O que nos encima?
O que nos sustenta?
Pontos de vista
Pontos de umbanda
Subir e descer, tanto faz
Tocar e dançar na lei do auxílio
É por amor. Mas, mesmo assim
Às vezes o ódio
É o que te impulsiona mais
Esteja atento, perceba
E volte em frente, siga atrás.
Suba, desça, tanto faz.
Mas não perca o movimento das vidas
A luz que ilumina o plexo e cura as feridas
A dinâmica divina da existência
Observe o horizonte, a vértice 
Não somos uma superior espécie.
A alma apenas veste
Necessariamente
Um corpo qualquer
Onde caibam
Alem de si
O coração e a mente
Pra passear pelas manhãs
E escrever poesias orgânicas
Pelos jardins mais longínquos
Dos universos


sábado, 14 de julho de 2018

Dança

Dia a dia 
A vida segue 
Relativo ao que quero
Ao que penso
Ao que sinto
Quisera eu
Quem dera eu
Quem dera
A sensação do deslocamento fosse apenas um descompasso na dança
Eu quebraria o andamento
Do céu até o chão, mas, não.
O tempo, esse movimento perpétuo
Que permeia toda essa dimensão
É como um batuque divino
Não é ele quem nos segue
Somos nós quem o seguimos
Amanhã velha, ontem menino
Desuso minha razão
Pra perceber que o segredo talvez esteja
Em tentar não fugir
Mas sim, em se divertir
Saindo e voltando ao tempo
Rezar em canção pra não agoniar-se.
Calma, alma. O corpo segue a mente.
Fique tranquila
Está tudo na ginga da terra
Entrar no ritmo do universo
Brincar de subdividi-lo