Tentando fazer uma cara séria, passei do ponto e fiquei com cara de arretado, né? ... 😅
Em minha adolescência tive um momento de libertação dos padrões, inclusive de gênero. Foi bem duro encarar toda a estrutura convencional do interior, mas sobrevivi! :) Depois disso, me aprofundando nas culturas tradicionais populares, apaixonado, tinha orgulho, fazia questão de me impor com essa identidade e acabei me limitando esteticamente.
Nos palcos vestia personagens, mas, o padrão em cena e no dia a dia, era algo muito a desejar, dadas todas as vontades que eu trazia dentro de mim, isso, até a partir da própria riqueza cultural do meio onde nasci, o sertão do Cariri, com tantas cores e formas. Acabei passando anos ignorando essa minha liberdade e multiplicidade de ser - vestir, tocar, cantar, dançar. Tudo isso foi fundamental em meus processos, e, acabou fortalecendo muito a minha segurança, minha postura pra encarar o que sou hoje, especialmente fora dos palcos.
Não quero ser melhor do que ninguém, quero apenas ser uma pessoa melhor. Estamos aqui encarnados pra isso. Tudo está conectado.
Vivo atento pra não reproduzir automaticamente aquilo que me ensinaram como verdade absoluta, inquieto sempre questiono tudo, sem medo de romper estruturas arcaicas.
Pelo mundo, vou encontrando novas possibilidades pra expressar o que sinto, e isso só soma na caixinha de ferramentas da gente.
Assim
Vou amadurecendo
O tempo
Possibilita e nos cobra
Sabedoria
Eu
Acabo transformando
Tudo isso poesia.
Acho até que é inevitável
Seja sonho ou realidade
Sigo livre
Como tem de ser
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