As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sábado, 17 de novembro de 2012

Cosmos

Eterno me refaço
Morro-me, vivo-te
Terra, poeira, poesia
Vou como a noite
Vôo como o dia
Se despedaçam as moléculas
À reconstruir um novo tempo
Onde posso ser um pouco de ti
Onde se possa ser um pouco de si
Do que foi, fomos, somos, e o que ficou, e soou
O que sempre ficará impregnado na alma, da alma
Feche os olhos, abra os olhos
Na gira do universo
Somos humildes versos
Inacabados
na construção
do cosmos.
Sóis e luas
Minha essência e a tua
Nuas
Minha voz, sua dança
Brincando
De se reencontrar

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Novembro

Aiai, novembro
Me faltam palavras
Me sobram lembranças
Sigo na esperança.
Em canções e andanças.

Logo me lembro
Do que vivi
Do que senti
E as mãos bailam sobre o papel
Ou os dedos brincam no teclado,
E assim como quem tem algo à dizer
Agoniado
Eu sentencio meus pensamentos
E liberto minhas impressões
Quando me atrevo, a descrever,
Teus silêncios
Calmos
Fico e-feito tempestade.