Cabocla de Asas
Povo Cariri - Livro virtual de poesias sobre Amor, Luz, Espaço, Tempo e Gravidade
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?
sexta-feira, 15 de março de 2024
SOMOS
segunda-feira, 11 de março de 2024
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024
Vai dar Certo
Vai dar certo
Respira
Esse aperto no peito
É um limite que não existe
Sempre há espaço para o amor
Dance, cante uma canção
Conte uma história que te apaixona
Abrace a dor que precisa do teu afeto
Tudo o que nos faz bem nos abençoa
Não há noite que não amanheça
Não há sofrimento que não pereça
Podemos tudo o que desejamos
Quando vivemos com poesia
Vai dar certo
domingo, 4 de fevereiro de 2024
Canção do Náufrago
Como estás?
Que é feito de ti?
Sonhei contigo este fim (de semana)
Numa vida passada,
Foi belo mas muito triste também
Fiquei com um aperto
E um tanto preocupada
A querer saber como estás
Assim do nada
Conto coisas ti
Como quem resguarda um beijo
Falo de ti, com uma saudade
Que está mais pra um desejo
Estás bem?
Passa se alguma coisa?
No meu sonho chorava
De peito de aberto mas apertado
Sonhava que tinhas partido
E naufragado
Num mar imenso
Mas a imagem que via
Era tu a sorrir,
E eu a ver te la dentro das águas
Meio estranho, inteiramente bonito
Como quem não tinha mágoa
Sim, claro, era triste
Mas bem poético
Acho que até tinhas
Um acordeão nas mãos
Me parece que cantavas
Uma canção
Estaria menos tensa
Se estivesse a te abraçar
Ou a rezar pra ti, pois,
Parecias até um ser das águas.
Diziam que tinhas se afogado
E pensei que poderia ser verdade
Porque não nos sentíamos
Há muito tempo
Mas se sobressaia
Essa imagem do sorriso
De dentro das águas
Como uma canção
Reverberando e batendo no corpo
Em sonoras ondas
E silêncios
domingo, 17 de dezembro de 2023
Céu
sexta-feira, 15 de dezembro de 2023
Nuvens no Céu
domingo, 3 de dezembro de 2023
Diálogos
segunda-feira, 17 de julho de 2023
Rodapé
Teoria da relatividade geral da Arte
quarta-feira, 12 de julho de 2023
Vida
quinta-feira, 2 de março de 2023
sábado, 25 de fevereiro de 2023
Maturidade
Nos damos
Como pássaros dão-se aos céus
No tempo certo em que a vida nos abençoa
Os abraços fazem-se demorados
As flores nascem entre as pedras
E nos livramos do superfícial
Descobrimos a força do espírito
Libertamos-nos dessa ilusão
Aprendemos a ler nos astros, os caminhos
A pré-sentir na natureza, os desejos
Recebemos e doamos
A sabedoria dos ventos, das águas,
nas fases da lua e nas marés
Salve Mãe d'água, Oxum Iara
Seguimos correnteza, navegando-nos
E vossa natureza dos ventos,
Renasce sempre em mim
Por sua onipresença
Empunho o canto
E Agradeço
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023
DESÁGÜE
Adoro os dias chuvosos
O cheiro molhado das coisas
O delicado som percussivo das gotas rompendo o céu e tocando o chão
A luz branda filtrada pelas nuvens e densidade do ar
A contradição do tempo diminuto da natureza
Em relação ao alvoroço sem sentido das pessoas.
Água por fora, água por dentro
Tudo é fluido e fluidez é esperança
Na metrópole a chuva lava
Por vezes, e até maldizida
No sertão, é alegria, fecundação da terra
E tudo o que é triste finda
Como vida recomeçando
A se esverdecer...
CORPO CELESTE
O velho cometa
Viajou anos-luz
Percorreu a via láctea
E agora mais uma vez
Em seu abraço gravitacional
Nos encanta com sua calda de fogo
Será o sinal do fim dos tempos?
Ou do reinício de tudo?
Um adeus pra quem estiver preso ao passado?
Um olá de um visitante de outras mundos?
Vislumbre o espaço-tempo.
Não esquecer quem somos,
É melhorar o que precisa ser transformado
É hora de contar estrelas
Sem temer o incomensurável infinito
Jogue as tolices pra o alto
Aponte o dedo pra imensidão
Aponte o dedo para o céu
Para as flores no chão
Mas não aponte julgando
Aponte ajudando
Dando direção
Na gira das eras
Balance o corpo, remexa a alma
Porque o espírito é como o universo
Tem que estar em movimento
Pra entrar em harmonia
Com a criação
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023
Aconchego
Quando é noite
E sinto numa melodia
O verso que se aproxima
Num aconchego leve
Meus dedos dançam
Bailam frases inteiras
Como poesias esferografadas
Em Azuis palavras e desenhos
Prosas e rimas que para mim
Fazem mais sentido
Que algum lugar sentindo
O amor existe assim
Na imperfeição do verso vivo
Como quem tenta compor
Cantando os cacos do passado
Remedando versos dançados
Num futuro que se sonha
E se faz por onde
Numa inevitável forma de dizer
Tantas novas e velhas coisas
Muitas talvez até sem sentido, sim
Mas sempre cheias de sentimentos
Fora Daqui
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023
SESTA
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023
Primórdios
Balançar-se ao ouvir música
Emocionar-se com as cores que vibram
Lembrar, formar, guardar coisas boas
Arte é viver livre assim! Sentir!
Dançar feito quem reza
Qual primeiro ancestral tocou?
Quem primeiro dançou?!
Cantou?
Fez poesia
Fez prosa
E rimou?
Quem descobriu o amor?
Conectou-se à quinta dimensão
Qual primeiro ser sentiu saudade
E percebeu o tempo soprando na gente
A distância?
Quem almejou voar
E se viu preso ao chão
No abraço gravitacional
Do planeta em rotação
Me imagino vivo e me reinvento
Não precisa se dizer poeta pra viver
Tudo isso é simplesmente bom
Sigo como os Anicetos pássaros
Tocando con mi corazón
Voando nesse vale de dádivas
Caetano ouvindo Santos Dumont
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
Correnteza
Ela fala fazendo poesia
Olha pro tempo e pressente a chuva
Abre os braços e prevê os ventos
Profetiza o fim da solidão
Talvez, pra ela
A vida seja um rio
E a gente, um riacho
Quando as vezes,
A chuva aumenta a correnteza
Assanhando às aguas
Mas aí a tempestade passa
E fica nos olhos, no corpo
Suado, suave e brevemente
Essa cor marrom dourada
De quem tira a poeira da estrada
Desnudando o corpo sem mágoas
Na doce fluidez da calmaria das águas
sábado, 14 de janeiro de 2023
Nublado
Acordei chovendo
Minha mente era terra semeada
Meu coração um céu nublado
Minha alma um quintal
Bonito pra chover
quarta-feira, 2 de novembro de 2022
CAMINHOS
Seguindo o trajeto de minha infância
Na estrada de ferro
Entre o Crato e o Juazeiro
Gonzagueando, eu vou e faço
Um blues pra o meu bem.
Ao descer eu a levo.
Na primeira-ultima estação
Começa a neblinar
O vento sopra carinhosamente
E recebo uma mensagem de amor
Mas não era uma mensagem comum
De um querer qualquer
E mesmo que fosse de qualquer amor
Qualquer forma de louvor
Ja seria uma bela forma de religião,
De inspiração pra seguir cantando.
Dançando com a orquestra estereofônica
Nos meus fones de ouvido
Assim, abestalhadamente
Me pego sorrindo pra o tempo
E vejo na paisagem teu rosto
E se isso não for uma poesia divina,
No mínimo, as divindades estão de prosa comigo, e isso é espiritualidade.
E como num filme francês
Numa composição que transcende Caetano
Eu te respondo a mensagem
E na próxima cena
Já estamos juntes
Celebrando a vida
Falando de ciência e magia
Arte e política
E não há distância
Ou desamor inventado
Apenas um abraço
Tão verdadeiro, tão maior
Que qualquer descrença
Desavença
Ou vazio
Discurso de ódio.
Preenchemos a vida
Com amor