As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Sensibilidade

Eu gosto
Do gosto
Do seu bom gosto
Da sensação que me trazes
Como a música que ressoa
De sua gentileza
Da sua sutileza
Essa beleza real
Cheia de incertezas
Que transpõe melodias
Em versos e canções
Problemas complexos
Transformando problemas complexos
Em simples questões
Que podem vir a ser resolvidas
No compasso de um ritmo qualquer
Que nos induz a dançar
Livremente
A alma que veste o corpo
Como quem sai por aí
Para passear simplesmente
E cruza ruas, pontes e jardins da cidade 
Para sentar a beira do abismo
Sorrindo, sem medo
E se danar a cantar
Esperanças

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Notas da Noite

Debruçar-se sobre a existência
Conversando sobre coisas simples
As músicas que nos inspiram
A dança livre do tempo
E as formas de mudar
O mundo por dentro

O que vai e o que fica
De cada experiência
O que nos torna maduros
Se não a essência da poesia
Que nos liberta em seu acolhimento

O equilíbrio de tudo talvez esteja
Nos momentos eternizados
De sorrisos que dialogam
Com a tranquilidade
Dos sonhos que nos completam
A realidade

domingo, 5 de dezembro de 2021

Romaria de Fim de Tarde

Nossa loucura se lança
Na longitude do dia 
Tão perto e distante
Do sonho infinito

Alem do horizonte
Onde o sol descansa
E a lua se encanta
Nos mistérios da noite

Desejos em reza
E sagrados quereres
Em cantigas forjadas
No início dos tempos

E se o futuro profana
Nossos corpos em transe
O feitiço se lança
Na dança dos ventos

Lembranças
Transmutam-se em poesia
Enquanto fitamos o céu, despidos
Cantando o amor que praticamos

Seguimos
Assim, fazendo arte
Pelo caminhos tortuosos
Do coração da incansável cidade