As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Iluminação

Iluminar-se? Assim tão longe?
Dentro ou fora de si? Tão perto...
Tudo bem, então fica tudo certo
Precisamos dessa física distância...
Sigamos nossos caminhos

Se quiser e precisar,
Leva-me, eleva-me
Em teus pensamentos
Em teus sentimentos
Mesmo que tristes ou inseguros

Arrisque
Sinta, pressita
Ilumine os caminhos (não só os teus)
Se precisas, faz de mim também tuas dúvidas
Pra que assim eu possa um dia vir a ser
Tua certeza, mesmo que passageira,
Como a alma que investe o corpo
O destino vivido. Humano.
Mesmo que torto...
Como a vida.
Uma vida
(ou todas
um tudo)
O todo

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Alma Cigana II

Vida de cantador é na estrada
Varando o tempo com su'alma cigana
Um terço dela é de partida
Uma outra parte é de chegada
E o que nos resta
é o caminho...
Vamos, destino
Sigamos nossa jornada
Compondo a vida
Essa canção
Sagrada

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

IMPRESSÕES


  • Tomar um chá, respirar e pensar 

    (Cítrico. Laranja, limão, cidreira)

    É tão prazeroso, quanto,

    Dar um beijo e sorrir
    (Simplesmente se olhar)
    Cantar em silêncio
    Sentir-se amigo

    Fazer amor. Te descrever
    (... em meus versos de repente)
    Toda poesia em flor,
    Aroma, cheiro, perfume e cor

    Tua pele
    (O hálito, a boca a suspirar em arpejos)
    Sobejos. Formas de presentir:
    Sentir e resentir

    Mas, com sabedoria
    (Na dor e na alegria)
    Na amizade e no desejo

    Amor pra poucos.

    (Como minoria,
    Somos nós, nas bobagens, nas loucuras, a provar
    E gostar assim
    Dessas pequenas doses de felicidade)
    Enviando sem pensar
    Mensagens pelo pensamento
    Expondo os sentimentos
    Apaixonados

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Movement

Sing in the sky
In the sacred hours in the sun meet the moon
Let's dance with the wind and the stars
Our heavenly bodies
As new constellations
A celebration of life
In the firmament

So in heaven as in earth

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Conjunção

Sempre tivemos o nosso amor
Mesmo quando não afins
E as vezes que terminávamos
Conseguíamos recomeçar
Sem precisar determinar
Um meio, inicio ou fim

Mas estar junto de alguém
Tem algo (sempre tem)
De divino e necessário
Como crescer e evoluir

Assim íamos, seguíamos 
E se brigávamos
Falávamos o que não precisávamos dizer,
Mas ouvíamos o que precisávamos ouvir,

Um breve silencio nos dominava
E por fim

Lembrávamos nossas velhas canções
Ou compúnhamos novas
E dançávamos. Nos seduzíamos.
Dançar sempre nos acalmou
Cadenciávamos o corpo, os olhos e mãos
E nos descrevíamos em nossos papéis
Companheiros, amigos amantes...
Ofegantes,
Éramos as palavras que precisávamos sentir.

E nessa paixão renascida
Que nos tornava a brotar,
Deixávamos nos guiar...

- Quebrávamos a cara
Mordíamos a lingua,
Mas sempre nos acreditamos.
Escolhíamos acreditar.

Não apenas por um cego amor
Ou por tudo o que nos fizemos enxergar
Não pelas juras, injurias, das velhas rimas com a dor.
Mais, pelo o que continuamos a sentir
Ressentir que fosse...
Tenho a tua lua em mim
Tens o meu signo a te ascender
O que mais precisaríamos querer?
Os astros em nossa conjunção?!
Aprendemos a viver assim
E assim foi e é nossa arte.

Capricórnio em Áries
Terra e fogo
Saturno e Marte

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Iansã - II

Chove em mim essa noite,
Já anunciava o horizonte.
Fazia calor...
Por dentro, quase neve
E nesse choque
Uma febre nos sentidos,
Tua lembrança em tempestade
Chegou, varreu
Inundou meu dia,
Lavou, levou, lavrou
Minha agonia
E entre-raios e-trovões
Como em minhas canções
Você veio e se foi
Numa eterna tarde
Inventania

sábado, 17 de novembro de 2012

Cosmos

Eterno me refaço
Morro-me, vivo-te
Terra, poeira, poesia
Vou como a noite
Vôo como o dia
Se despedaçam as moléculas
À reconstruir um novo tempo
Onde posso ser um pouco de ti
Onde se possa ser um pouco de si
Do que foi, fomos, somos, e o que ficou, e soou
O que sempre ficará impregnado na alma, da alma
Feche os olhos, abra os olhos
Na gira do universo
Somos humildes versos
Inacabados
na construção
do cosmos.
Sóis e luas
Minha essência e a tua
Nuas
Minha voz, sua dança
Brincando
De se reencontrar

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Novembro

Aiai, novembro
Me faltam palavras
Me sobram lembranças
Sigo na esperança.
Em canções e andanças.

Logo me lembro
Do que vivi
Do que senti
E as mãos bailam sobre o papel
Ou os dedos brincam no teclado,
E assim como quem tem algo à dizer
Agoniado
Eu sentencio meus pensamentos
E liberto minhas impressões
Quando me atrevo, a descrever,
Teus silêncios
Calmos
Fico e-feito tempestade.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Soneto de carnaval

Num imprevisto meu coração se altera
Tambor vivo o qual me embalança
Tão linda força que me esperança
Qu'eu já nem sei como meu peito era

E o corpo influi a bailar em canto e dança
E rosno instintos à uivar-te paixão sincera
Selvagem, a tua presença, perigosa fera
Toma-me apenas num olhar que me lança

Felina rainha! Curvo-me à tua realeza
Pois que tua leoa pele não é fantasia,
No carnaval destroçou-me a tristeza!

Devora-me cru até que finde do dia
Digere-me aos poucos. Na noite fria
Porque arrebatado fui por tua natureza.

Fertilidade

As vezes me sinto leve,
Como se fosse me lavrar o vento
E a matéria etérea me ultrapassasse
E-levando o que já não mais nos serve

Tento estar firme, no peso das idades
Pois meus pés adentrando na terra, raízes
Me permitem ir além deste reino.
Ainda estou lá (aqui) implantado
É o que dizem (e me digo):
- As matizes, as matrizes
Tantas cores, flores.
Eu fui. Voltei.
E aqui estou.
O que tinha, plantei por aí, também em mim
Cultivei algumas dores,
As vezes ex-colhi
Quando não, sentia muito, mas,
Sempre vinham outras estações
E já era,
Agradecia a oportunidade,
Por tudo que eu tinha,
Porque quando tudo parece estar perdido
Surgem os frutos da honestidade
Que amadurecem em seu devido tempo
Pra nossa fertilidade

domingo, 7 de outubro de 2012

Tardezinha

E assim vai o dia
Numa calma tarde de outubro
A luz veste-se de um vermelho leve
(Como um profundo desejo breve)
O vento sai desfazendo as nuvens
Desconstruindo o presente.
Vai-se o tempo com o sol.
Na cacunda prateada da lua minguante,
A paz da noite vem surgindo. Menina
Com o seu sorriso escancarado.
-Mas como ela vem bonita!
Dizem as mais brisas.

domingo, 30 de setembro de 2012

Boca fechada

Diz tanto calada.
Quando cala tantos falando
E quando canta, entretantos,
Aos poucos, tudo diz,
Por nada,
Aos versos encantanda
Mesmo que em mágicos silêncios,
Pra quem quiser, ou não, ouvir
Apenas sentir, sonhar...
Por certo.

Inspiração, música
Pausa, respiração,
E até tudo o que antes nem pudesse soar...
Agora poesia.
Sentida
Sentido
Comsentimentos
Impronunciáveis

Talvez por sabedoria
Não por falta de palavras.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Mais uma dose

Mais um beijo
E o doce veneno de tua saliva
Passará a ser o meu amargo antídoto.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A Nova Luz do Sol - Praia Morais


A luz nova do sol
Atravessa paredões de nuvens
Espalhando, tingindo
O mesmo inigualável mundo
Em cores do grande verão no sertão.

“Quente!”
Chegando, vindo
Não explicando nada
Explicita ordem de acordes!

Queria ser lua eterna.
Nas noites ir e vir.
Solto, leve, exposto.

Na luz corro,
Entendo e não entendo.
Passo adiante a cara inchada ainda.
A vida que vivo
Quando acordo atônito
Puxado sugado
Para suor correr a luz do dia.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Chama

Estou aqui
Na tumultuada solidão sudeste.
Num firmamento de estrelas imaginárias
Num cinza afoito de pensamentos
E com o frio só me resta cantar
Pra aquecer a alma
Queimar tristezas
E seguir caminho

Pra estar lá
De onde vim
E aqui
Onde conheci teu sorriso
Qualquer lugar onde eu seja preciso
E poder falar pra quem puder ouvir
As coisas do coração
Recriar sertões
Embalando palavras
Com papeis desenhados de poesias
Na velha rede da saudade, balançando
Varar noites e dias sonhando
De onde viemos e pra onde vamos?

Se nesse mar de tempestades navegamos
Que nesse céu de ventanias, voemos
Dancemos em toda terra em que pisarmos!
Com o peito sempre apaixonado
Feito chama, alimentando-se
Elementando-se com o fogo sagrado
Que transforma todas as tristezas do mundo,
Em-cantos,
De amor.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Adolescência

Os sentimentos se condensam
Tal qual uma carregada nuvem negra
Que se apresenta na forma de um dragão ou borboleta
Em pulsos elétricos que gorjeiam estrondos
Anunciando a tempestade
(Estou em minha adolescência)

E meu canto fala desses céus
Do que se vê, e do que esta além do firmamento.
Se daqui os pássaros e vapores densos
Nos são imagens do físico limite aéreo,
Logo depois dos olhos de onde minh'alma
Teve anterior morada, cantam crianças caboclas
Como anjos, confundidas.
São Cariris, erês
Warakidzãs, encantadas!
Juntos saldamos com respeito e honra,
Nossos mestres,
Anciãos e ancestrais!
Em suas presenças, trago a saudade,
Que guardo comigo a vida inteira
E vejo na fumaça que revoa no futuro, o passado

Dos tempos remotos da infância do mundo
Dos espaços mais distantes do universo
Dos jardins do quintal de minha casa
Das revoltas em rock'roll cantadas
Nas valsas de reisados dançadas
Em baiões de improviso com os pífanos
No sangue quente do jogo de espadas,
Grito as lembranças dos amores mais promíscuos!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Sementes de esperança II

Não chore meu bem, não chore
Mas se assim tiver de ser,
Que tuas lágrimas reguem
A terra em que tanto dançamos
Lembrando dos antepassados.
Dividimos a mesma dor,
Se hoje é tu quem vai
Amanha sou eu quem vou
Pra partir ou retornar...
Contudo, sempre fomos felizes,
Cultivamos tantos sonhos,
Que quando essa saudade fulorá
A vida real já será tão verde e bela
Que haverão muitos frutos pra colher
Alimentando a mim, a você, os nossos filhos
Todos os nossos familiares e amigos
E ainda haverá o bastante para oferecer
Pra todos que queiram se satisfazer
Com o fruto sagrado da arvore esperança,
Que só cresce onde existe a luz da poesia
Só se desenvolve onde há carinho
E apenas floresce onde puder existir o amor

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Dando Voltas - Valsa dos apaixonados

Ela dança nos meus sentimentos
Dando voltas no meu coração
E descansa seus sonhos mais lindos
Na morada da minha razão

Ele gira nos meus pensamentos
Anda às voltas em minha razão
E me canta seus sonhos mais lindos
Namorado do meu coração

E levamos nossos sentimentos
Indo e vindo! Em vôos, em vais e voltas,
Entre amores e pazes, fazemos revoltas!
E assim se renova a paixão!

Porque quando juntos dormimos,
Passageiros de nossa amizade
Acordamos os sonhos mais lindos,
Namorados da felicidade

terça-feira, 26 de junho de 2012

Pensando agora
Depois de tudo passado
Continuo a me confundir
Não sei se foi melhor sentir
A leveza ou o aperto do abraço

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Seu Nome

Eu contava com a necessidade da presença
Voltando as vistas nas fotografias que ficaram
Mas claro, sua essência estava comigo, esteve sempre.
Um sentimento de reencontro passeou por mim
Um sentido, na vida, talvez, fosse o que procurava
Mas me deparei com você, assim, como quem não queria nada.

E vivemos tudo o que sentíamos, apenas tudo, o que precisávamos.

Nas gavetas, nas paredes, pelos cantos da casa
Seus lápis e pincéis e sorrisos rabiscados
Um pouco da voz, do cheiro, do sorriso quadro a quadro
Em minha tarde saudosa, em minha mente em devaneio
Cantando Chuva de Janeiro, em junho já findado.

Onde e quando me perdi? Quando por ti fui encontrado?
Ficam, as pistas dos recados, em desejos digitalizados
Os sonhos reverberando cores e sons inesperados
E assim, por ti, em mim, vivo inevitavelmente
Um misto de amor e dor. Na distancia física.
Numa rima simples.
Apaixonado.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Lentes

Depois de tanto, tempo
Observando seu rosto,
Vi que algo estava diferente
Não era o olhar, impreciso
Nem a boca, sorridente
Talvez a estabilidade dos sonhos
De cara, imaginei, estranhamente:
- Quem é essa que aqui está?
Que corpo é esse em minha frente?
Essa alma também mudou de cor...
A luz nela refratada é diferente
A sua voz também mudou ao que parece
Ouço, vejo, firmeza e segurança é o que se sente
Poderia ser óbvio, a idade, a experiência
A própria distancia, a estrada, tantos sentimentos
As paixões, os amores, quem sabe?

Mas, tinha a certeza que algo mais profundo e inesperado
Era o que havia me surpreendido, simplesmente, me arrebatado

Sim, realmente ela estava diferente
Mas esse não era o caso pertinente
Porque no fundo, ela sempre fora isso em minha mente
Então percebi! A situação é que eu também havia mudado
Agora, outros ângulos e dimensões e culturas, me eram lentes
A questão não era ela, é que eu também havia mudado. Sim...
E meu olhar estava diferente.

Crença

A conquista
Entre olhares
Sorrisos,
Inocentes rabiscos
Nas paredes e nas pedras
No corpo ou no colo da mãe terra.
Se outrora indeciso
O cantar não lhe interveio
Agora só, com sua partida
O coração em devaneio
Brinca com o meu espirito:
- Que o amor dessa criança
Lhe seja o prenuncio da esperança
Que deve ter o mundo inteiro.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Clarividência


Acho que eu só não sabia o que queria dizer. solidão
Porque cantava em todos os impossíveis vazios. tons
Mas ela gritando era algo inimusicável,
Mas que adentrou no meu corpo e me ensinou o silêncio,
Respirou. Sorriu. E assim, fez-se uma pausa,
Vivemos sonhos.
Morremos realidades
Inicio e meio.
Pois não sabia o que era, o fim.
Eu havia entrado nessa mas saí, de mim.
Fui sem contar o tempo,
Não tardou, ela me disse qualquer coisa sobre ir embora
Eu não dei atenção, claro.
Estava mais preocupado com seu sorriso, na penumbra
Guardei boa parte daquela luz que a tocava iluminando-me,
Pra alimentar-me de sua saudade nos tempos que seriam idos
Hoje sua fotografia em minha lembrança, é uma droga,
Supri minhas fraquezas, mas me consome o juizo
Uma loucura, a palavra que canto é uma alucinação?
Uma psicodélica lembrança?
Uma dessas perigosas experiências
Que se conseguimos ultrapassar
É quase como conseguir o som da clarividência
Algo entre os planos físicos
E os que apenas sonharíamos
Sem realizar

domingo, 27 de maio de 2012

Decepção

Não me importa o que você falou...
O que me deixa triste é o que senti
Sua verdade suspeita, incompartilhada
O falso pudor de tua
Dissimulada, maqueada face.
Sua política
Me entristece
Me absurda
Tanta ingênua,
Asemântica, romântica,
Fé em você,
Que eu tinha.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Comum

Não me importo mais, tanto, com as coisas especiais
Me instigam muito mais

quase apenas
simplesmente
as comuns

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Canção pra um velho amigo

Faça tudo ao seu tempo
Da forma que der
Seja apenas você
O melhor que puder

A vida que sonhamos realizou-se
Consegues ver?
Tudo o que plantamos brotou
Agora só nos resta colher

Os amigos, os amores
A poesias simples, a vida
Os excessos, as dores
Crescemos cantando
E o equilíbrio encontramos
Entre espinhos e flores

O amanhã nos chama
Porque o presente já está cumprido
Realizou-se a profecia
Desencantamos nosso povo
Tivemos o nosso seu papel
E mesmo que venha a morte
E que renasçamos sementes
Sei que cantaremos felizes
Sofrimentos e alegrias
Cruzando noites e dias
Nossas vozes ecoando no vento
Numa velha canção adolescente:
"É isso, meu velho amigo
Faríamos tudo novamente"

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Astrofísica

A vida
C'est comme le ciel
Comme le vent
Comme le firmament
Calmez
Tempêtes
Brises légères,
Les ouragans
Eqüanções
Etoiles
Constellations
En guidant
Pelos 7 ares 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Seriedade

Calo sério sobre mim
Mas nao é de se preocupar
Normal
Escolhi, essa vida, suas levezas e fardos
E sei que de alguma maneira
Contribuo, pra o mundo, pras pessoas
Instintivamente, musico
O que sinto, sentes
Mesmo que isso devore meu corpo
E aos muitos consuma minh'alma.

Desfiando minha esperança
Lhe teço minha vontade, criança
Lhe desnudei os sentimentos
Agora lhe revisto com a calma
Dos anos, tudo o que cantamos.
Sim, fomos felizes aqui
Mas chegou a hora de partir
O resto fica pra outra vida
E e-ventualmente semeará nossa arte
Aos quatro temos

Amanhã Terminamos

Menina
Por favor
Nos dê só mais um silêncio.
Vamos dormir
Sonhar com o fim
Amanhã terminamos.

Mono

Ela acordou com vontade de me ver
Tanto que sonhou,
Com desejos outrora dormidos,
Despertou pro meu amor
Mas agora, seria? Tarde?
E eu estava mono
Sem paixão, pensando
Tomando uma xícara de fé
Sem açúcar. Com sono.

Cansei da mesmice!
Hoje farei diferente
Cantarei com o corpo
Dançarei com os lábios!
Vou exalar no ar os sons que desejas sentir
E o gosto que levarei comigo
Será sentido aos avessos
Como os versos dos teus olhos vendados
Lacrimejando vontades, cegas

Revolta

Tome seus sonhos de volta
Só devolva minhas revoltas
Fique com a paz que te dei
Fico com a realidade em luta.
Sim, esta é minha labuta
A arte que passa por mim
E que vem dos comfins
Dos semfins das existências
Rompendo magias, ciências
Envelheceu, minha criança
Me rejuvenescendo


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Frente e Verso

Verso inverso avesso
Sorrisos largos,
Espessos
Leves
Acesos
Às costas
Os braços
O abraço
Entrelaçados
Amores
Cintura e ombro
Flores


Ah se o mundo fosse assim,
A beleza da frente
Ser a mesma das costas
Mesmo que aos contrários
Os cabelos sorridos,
E ao olhar do outro,
Que passa a ler felicidade
Muito além do rosto
De frente ou de lado
Em qualquer parte
Ou ângulo do corpo

sábado, 14 de abril de 2012

Não desconfundam prazer e dor
O que não for ódio é amor
O que não for amor, já passou
O que não passou,
Só você sabe o que é...

sexta-feira, 30 de março de 2012

Eu sou mulher

Sim, és mulher
E sei que não é fácil
Vives assim a carregar prazer,
As vezes disfarçado em dor
E tens o direito de ser o que quiser!
Trazer consigo toda história
Muita coisa pra contar.
Viver o que me for preciso
E seguir o caminhar
Ouvindo o vento
E suas canções
Que nos ensina a cantar
Isso é amor.
Mulher.
Sonhar
O máximo que possas
E mesmo quando não,
Sei que lhe sobram forças no coração
E delicadeza na alma
Pra ser e fazer o que quiser
Viver impossivelmente
Apaixonadamente
Mas só porque és mulher.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Noctívago

Respiro o silencio da noite
Entre ruídos entrecortados, suspiro
Insone sinto, ando penso

Intenso
Entre goles
Tragos
Passos
Compassos
Canto

Pelas esquinas
Pelos cantos
Me revolto
Me desfaço
E me re-componho...
Sigo assim
Meio desviolado
Ao relento

quarta-feira, 28 de março de 2012

Admitindo

Os versos que ela me deu
Eu aceitei, e musiquei, e cantei
Lhe devolvi, ela sorri, eu brinquei.
Ela falou que estava tudo lindo
E sonhou. Lacrimejou felicidade
Mas, em seu olhar, me parecia
Ainda lhe faltava algo a ser vivido,
De repente, que minha voz lhe soasse
Como um delírio, atrevido.

Enfim, ela admitiu que sente
Mas que não sabia bem
O que era tudo aquilo,
O que foi tudo isso,
O que é, o que seria...
Minha aparente dúvida
Talvez, a incomodasse
Mas tanto mistério
Lhe instigava

Eu falei que não tivesse medo
Porque sentia o que acontecia
E assim, quem fica, quem vai?
Ela passa? Passo eu?
...Passo a passo
Vidas, outras
Mas tudo isso é relativo, não é?
Então, aqui estamos.
Pra onde vou?
Pra onde vais?
Pra onde?
Vamos?!

O que permanece, se não o perfume?
Na alma, a paixão, no vento
O cheiro da poesia rompendo o tempo
Insistindo (que em casos assim)
A razão é que menos importa

segunda-feira, 19 de março de 2012

Silêncio II

Que a minha saudade lhe seja confortante.
Como um silêncio indesejado, gritante.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Olhar (Tempo III)

Tua expressão, tenho impressão, foi o que me apaixonou
Tua beleza, não tenho certeza, mas acho, foi o que me dominou, e libertou.
E hoje, pensar, e lembrar, e sentir, que nossa arte, pode resistir
As voltas que o mundo (nos) deu, sem parar, no tempo, 
Transformou-se, adaptou-se, mas não perdeu a sua essência
Nos uniu, nos afastou, foi cruel, nos excedeu,
Nos levou, e nos devolveu, a inocência,
Agora, travestida, e chamada, de consciência.

Caboclo de Asas

--> Sigo a voar pelo mundo
Acompanhando o sol no eterno meio-dia

Mas num espaço de sonhos
Onde as poesias do tempo são de nossa autoria

Pouso no Araripe
E ao aterrizar nos teus olhos
Logo me toco, Cariri que sôo e te realizo.

Minha artesã-nata-canção!
De terra, semente e esperança
Adivinho o que virá pela frente
Como um ritual de pajelança

Logo te toco
E me realizo...

E então somos verdade
Adivinhada
Anunciada
Escrita e cantada

À duas vozes, e quatro mãos
Beijos ofegantes
Transe, paixão

Minha centelha
De luz da Mãe D'água
Meu amor guardado
Em capuchos de algodão

Sou um caboclo de asas
E minhas flechas de fogo
São profecias Cariris
Rasgando a tristeza
E a maldade do mundo

Realizando-nos!

quinta-feira, 15 de março de 2012

Já passou

Não meu amor
Não é nada demais,
Só me dê um tempo a mais
Pr'eu sentir a minha dor.
No próximo sorriso seu
Já passou

Minha mágoa
É como uma flor num vaso d'água,
Que mesmo com todo cuidado
Tem seus dias são contados,
E quando damos fé,
Já murchou

segunda-feira, 12 de março de 2012

Tempo II

Me dei a ti

Como um pássaro da-se ao céu
No tempo certo, em que maduro, o abraço fez-se, me envolvendo
E tua arrogância se perdeu nas pedras do caminho
Menina, tu, escrava de tua beleza
Cresceu. Mulher, descobriu a força da alma feminina
Libertou-se dessa ilusão
Aprendeu a ler nos astros, teu caminho
A pré-sentir na natureza, teus desejos, os meus
Deu, doou-se a mim, nas fases e marés de teu peito
Iemanjá, Oxum, Iara, Mãe D'água
E toda tua essência das águas.
Saciou minha sede, minha fome
Alimentou minha poesia,
Dando força de encantamento aos meus nomes,
Por isso hoje, talvez, minha palavra fale cantando
Sigo nessas correntes, navegando
E minha natureza dos ventos,
A rosa que aceitaste,
Sempre em mim, renasce

Porque me deste a ti
Em tua onipresença.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Insone

Ela chega
Chega a noite
E se não me engano
Ela me falou sem desengano,
Que o seu sono não chega, não.
Mas que bom que mesmo sem dormir
Os sonhos nunca deixam de nos vir
(As vezes, pra mim, em forma de canção)
E ficam sonambulando, confabulando
Sintonizando,
Alma, mente e coração

quinta-feira, 8 de março de 2012

Esperança (Nosso Tempo)

O passado me falou que o futuro, como imaginamos, talvez se atrasasse um pouco, mas, que ele chegaria ainda a tempo, e com um belo presente pra nós.

Feminino

Mulher, o que posso te dar,
Não posso te dar, porque nunca foi meu.
Uma vez que sempre foi tua, minha inspiração.
E assim, a poesia viva do meu coração
(Nunca foi minha) Sempre a ti pertenceu.

Vinho

Vem aqui
Trague um trago
Faça aqueles seus estragos
Fique a vontade pra falar de seu passado
Que o vinho e nossa idade, nos trouxe a trégua.

Sim, podemos dançar,
Qualquer dança!
Um tango, um dance, qualquer algo que nos dê nuances
Sim, podes cantar! Livre!
Pois seu canto sempre me encantou
Atuar? Sim! Como quiser.
Da forma que sentes, e que deves. E podes, e deves!
Meus sonhos?!
Ah... Meus sonhos sempre foram tantos...
Imagino que também os teus, não é?
Pelo jeito valeu a pena acreditar,
Pois só os sonho que se sonhamos
(Independente do que acordamos)
Estão a nos realizar

Sua culpa!

Era pra ser só um beijo,
Simplesmente
Mas você, como sempre,
Transforma tudo
Em uma grande poesia
Agora tenho que ficar
Passando na sua cara,
Meu sorriso e olhar cantando!
As horas de alegria boba, incansável, inconsequente.

E nem venha com essa de que estou sonhando! Não senhora!
Porque na realidade, você sabe que no fundo, sei que não.
E adoro quando você recicla minhas mágoas,
E faz essas tempestades em copos d'água
Joga fora meus papéis, desafia minha ignorância
E vem me falar de consciência, mas sempre de uma forma tão viva...
Tão simples
Tão você...

Minha felicidade,
É tudo culpa sua!
O que posso fazer?

sábado, 3 de março de 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Corpo x alma

A luta é pra libertar-se do que nos prende à liberdade
Ou para prender-se ao que nos liberta da prisão

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vem aqui, vem!

Foi tão magico, beirando a irrealidade.
Pensei até estar desacordado
A felicidade dançando nas mãos,
O desejo nas unhas e dentes.
Tua alma estava ali, nos olhos, sorrindo,
Como dizem os poetas.

Acordado, te ouvia dizendo que estava apaixonada
Ao mesmo tempo, sonhava, me tocando que era realidade
Porque de mim? Eu? O que dizer? Estava tudo perdido...
Havíamos nos reencontrado,
Estava dominado.
Meu semblante deve ter me entregado
Eu estava feliz, claro, e intrigado, eu, apaixonado...

A falta de voz, as pernas bambas, o suor frio e o olhar, perdido
Não eram fuga, nem medo, nem falta de vontades explodindo.
Era a timidez, matuta, menina, sentida, dando seu ultimo suspiro
Se despedindo, antes de ir embora,
Estava tudo perdido, agora!
Você havia me achado...

E fiquei assim pensando
Enquanto recebi sua flor:
"- Nossa! Como é bom ter alguém
Pra gente chamar de meu bem
E dizer: - Vem aqui, vem!
Meu amor."

Bricando Quilombo

Mais uma vez eu vim brincar
E meu reisado ta é preparado
O figural ta ensaiado
E os trajem tudo enfeitadim!
Vou bailar sou reis-menino
Guerrear, cantar divino
Valsa, baião, marcha e tombo
Aí vem mascarado! Chicote estrondando
Treme-terra é, meu reisado em quilombo!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A mente feito um Abajur.
Oferecendo ao olhos o subsidio da boca,
Rompendo o descanso da morada da lingua!
E o que digo é sentido como candeia
Em um canto escuro,
À meia luz, numa suave penumbra.
Sonhando a boa nova
Num sentimento crescente
Ou numa saudade minguante
Em minhas idéias de lua cheia...
Reflito, É tua, a luz que emito
As cores que canto
As flores também
Em cheiros, palavras,
Espinhos e outros prazeres
Desenhados pela casa
Na sala, no quarto, na cozinha,
Se antes era apenas tua, essa morada
Ao seu convite na madrugada
Essa noite ela também será eternamente minha

Futuro

Mas como eu gostava de ti
Da forma como cantava
Quando te via atuando
Quando mulher, mininava
Humildade era teu nome,
Alegria o teu sobrenome
Era isso o que me apaixonava

Mas agora, o tempo passado
E a vida tão séria, seguindo
Te vejo e não te reconheço
O tempo foi te reprimindo
Tudo bem, crescer tem seu preço
E custou-lhe todo o meu apreço
E saudade também vai se indo

Poderias ainda ser tudo isso, lhe digo.
Pois que envelhecer de algo nos serve
Aprende-se a levar tudo de bom consigo
Pois na alma, cabem, infinitas flores
E no coração sempre nos sobra verve
Pra rimarmos amigos e amores
Em meio a sonhos e dores
E tudo mais que viver nos reserve,
Tudo que tivemos, vimos, vivemos
Foi, passou, mas, ficou guardado.

Não queria te ter no meu peito
Como aquela que foi criança,
Tão linda, mulher, em meu versos e traços
Mas que passou a andar pedante
Ainda que tão bela, mas desinteressante
Perdida de mim, do sem-fim dos meus laços.

Não, não te quero assim
Prefiro ignorar a lembrança.
Mas se quiseres a mim,
A única maneira, enfim
É me levando, e devolvendo
A esperança

Enganado

 
Depois de tanto cantar carnavalizado
Pensei: - Preciso agora de silencio, enfim
Mas logo percebi que estava enganado
Porque o silencio é quem precisa de mim.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Transgressão

Fico lembrando de você criança
O mesmo jeito ranzinza
O olhar sério com leves sorrisos esparsos...
O orgulho bobo um tanto irritante
Mas eu lhe conheço. E mesmo que não,
Sinto seu amor, e vejo suas cores
Sei de suas dores,
E te entendo, respeito
Admiro, admito,
Respiro, suspiro,
Me inspiro.
Como uma velha marchinha eu habito
O carnaval que transgride em seu peito.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Metrópole

Os sons da metrópole me instigam, inspiram, provocam
Mas também me distorcem a consciência, me consomem a paciência.

Os cheiros impregnam, viciam, entorpecem, tonteiam, invadem, expulsam, adentram os poros, numa fumaça perdida, parida das máquinas que sustentam um medo.

Os olhos daqui, não são diretos, os olhares contraditórios, não são discretos.
De certo, procuram desejos fluindo desesperados, de um receio não acordado, entre os vãos dos precipícios e dos delírios modernos.

A pele, e os cabelos estranham. Uma insegurança que se solidifica nas entranhas, mas insustentavelmente logo perdem a consistência.
O que há além das doenças, das fobias?!
Aqui quase não há arvores, e as poucas que existem mal falam pela voz do vento.
O pensamento se entrelaça com os desperdícios e nas tempestades de idéias,
O que insiste, existe. Não estou certo... Mas, prefiro correr o risco sem cometer o suicídio dos incertos.
Observo enquanto canto (e quase rezo) os que se arriscam numa verdade metamórfica demais pra ser algo errado.
Assim toda passível impressão sonha ser poesia,
Mas como, numa realidade concreta, um desejo racional, pode ser, sentido?!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carnaval

Senti teu gosto no beijo da outra que te beijou o outro que me beijou a outra que me beijou a boca que te beijou em mim.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tempo


Hoje quando era criança, depois de aguar as plantas do quintal, eu deitava no chão e ficava me banhando ali, jogando o jato d'água pra o céu, fazendo a minha chuva! Num desses dias de muito sol, descobri que tinha o poder de fazer arco-íris. Eu me achava um grande mágico! Ontem adulto me veio essa lembrança. E eu guardei essas cores pra além dos meus olhos. No amanhã. Agora. Quando renasço

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Quem sou eu?!

De que adianta fingir?
Esquece que te conheço?!
Sei que esse sorriso é falso.

Não precisa se enganar.
Claro que ha algo estranho!
Entre nós, e o que somos,
O que desejávamos ser
O que nunca fomos
Inúmeras as vezes
Que tentamos.

Mas isso nunca mudou os nossos desejos,
Não diminui as nossas vontades
Não tornou verdade, nossas mentiras
E infelizmente, também,
Não tornou mentira, nossas vaidades...

E assim, eu não, eu não tenho opção
Nem tu, na tua, em tua solidão
Merecemos isso, não?
Mesmo que discorde,
Não sei mais quem tu és
Mesmo que concorde,
Não sei, mas...
Quem sou eu?!
Pra te negar meu sim?

Joana Madrugou II

Esparrama-se pela existência
Domina os olhos, inocente
E expõe meu sorriso

Arrebata-me os sentidos
Através das teclas
Das cordas
E harmônicos

Nos deixa em transe
Em sons em sonhos.
Os seus encantamentos
Que me são um prana

Propagam-se pelo tempo
Os arpejos de luz transcendentes
Num prisma sonoro que emana,
Da beleza delicada de Joana,
E suas mãos incandescentes!

Sem com paixão

Não me leve a mal, me leve
Não me entenda mal, entende?
Não mude de assunto, mude
Não tente fugir, fingir, vá de encontro
Não se faça de boba, se faça
Não levante a voz, levante, cante, grite, faça canção sua mágoa!
Não apenas chore, lacrime, orvalheça, nessa terra árdua
Não contemple o céu sem ver o tempo
Não voe assim, sem sentir o vento
Não seja tola, não
Todo caminho sem direção é loucura, sabemos
Mas e daí?! Quem você procura, além si? De mim?! Teu silêncio não, é um sim?!...
Sente, sinta, pense, sem fazer suspense, se for preciso minta
Segue tua ilusão, me siga, me cegue!
Teus sentidos passam por mim, e tua alma enxerga, meu coração, sereno, celeste
No hemisfério sul ou nordeste.
E entre nós, que qualquer negação, nos afirme
E seja um degrau de evolução
Uma pedra no caminho
Uma flor, um espinho
Um amor, um carinho
Sem
Com
Paixão

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Renascente

Desej'os sonhos, baixinho,
Feito rezas, contos e contas do rosário
E tuas flores, e minhas fitas e lantejoulas.

Já estavam perdidos os olhares...
Se reencontraram nossas lembranças
E as estrelas às milhares, em festança,
O céu a terra e o mar celebrando nossa amizade
Todos os amores, em suas mais puras formas,
Carinhos, saudades, beijos entrevontades
E porque não, a paixão, num luar, renascente?

De um sorriso ao outro vai e vem toda esperança
E nu agora em meu peito, também,
Reside um outro coração
E mesmo quando nos fazemos ausência,
Não há lamentos, não há incertezas
Pelo menos não que sejam duradouras
Pois trago meus sentimentos ao cantar
Ainda que interpretando gritos que beirem a desmúsica
Ou dançando, num compassado silêncio, íntegro...
A poesia brota dos sentidos, e todo ressentimento será uma boa saudade.

Se minha natureza é dos ventos
E tua natureza é do mar
Salve Iansã
Salve Iemanjá!
Gire o mundo, passe o tempo
Mesmo que desencontremos,
Pelas não promessas que fizemos,
É certeza, iremos nos reencontrar.


Palavras que voam

Se um dia eu te der palavras que voam
Ao partires voando com elas 
Se puderes, um dia, mostre-nos novos caminhos
Para que outros versos também possam içar velas

Meus sonhos são tudo o que tenho pra te dar
E é o pouco que jamais me pertenceu
Pois meu sonho pertence a quem sonhar, deusa-mãe
E ao nascer eles são de quem os acolheu

Mesmo assim ainda alguns crescem no vento
Se espalhando sem ter direção
E atravessam qualquer espaço-tempo
Só pra se enraizar no coração. Já canção.

Flor-le-arte

Inspirado assim, se eu escrever teu nome numa folha de papel, sentirás o perfume de minhas palavras! E mesmo pra qualquer insensível, será como ler as pétalas! Da flor da pele, dà flor dos desejos.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012