As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A palavra que quiser

Hey, senhorita Bei
Metade mulher, metade outro gênero,
A meia a-palavra-que-quiser
Vamos tomar um café com hibiscos?
Caminhar pelo tempo
Vendo flores onde não existam
Motivos pra cantar poesias
Pra declamar declarar silêncios
Plantar cores inimagináveis
Onde seja desnecessário
Desenvolver um absurdo diálogo
Como quem observa
Estrelas do mar candentes
Lindas e indecentes
Nos mais profundos abismos
Sociais abissais da velha São Paulo

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Peão

Nesse jogo, sou uma peça clássica
Onde ao menos, é minha a trilha sonora
Sigo no embate, tenho minhas dúvidas.
As peças mudam o tempo todo
Como um jogo de movimentos tétricos
O tabuleiro grande representa o reino dos homens
Onde sei que sou um peão,
Faço o meu trabalho
O trabalho dos outros
Todo o trabalho pesado
Todo o trabalho do mundo
Mas, de tanto trabalhar me sinto leve e canto
Fico rodopiando, em meu movimento de dança,
Compondo músicas aos ventos
E eu nao posso parar,
Em nenhum momento
Não me segure
Se não eu caio

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Oração Dominical

Vibremos na energia do bem
Equilibrando as polaridades
Na freqüência divina da deusa
E sigamos no exercício ininterrupto:
Amor humildade e tolerância!
A canção nos virá como uma oração
Sintonizando Alma, mente e coração
Que o mal e tudo que houver de negativo
Numa dança em círculos
Ao toque do meu tambor
Se transforme em risos
Óh, Força ancestral de onde emana a luz por toda a existência!
Transforme toda inevitável dor em consciência
Transmute todo ódio em fé e resistência
Para que continuemos declamando poesia-esperança
À todos aqueles que não conseguem enxergar as cores,
Consentir o perfume que brota das flores
Em todos,
O renascer dos sóis
Por todos,
Os cantos