As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

sábado, 13 de abril de 2024

H(a) quem se depare comigo

E encontre a superfície do sorriso

H(a) quem me visite em casa

E conheça as sutilezas da minha voz

H(a) quem se faça presente, mesmo na ausente

Na distância, e distorções do espaço-tempo

E tenha sentimentos sobre mim, o que sou

Na realidade que vibra e nos transpassa

As profundezas de meu corpo 

E os voos de minha alma

H(a) alegria do mundo

Formando canção

Em tempos

De poesia 

sábado, 30 de março de 2024

LEITURA

Abraçar
E sentir a pele tocar 
Sem se tocar
O cheiro penetrante no corpo
Desconfundir o peito sem alarde
Como uma queima de fogos
Num dia santo

Olhar de perto
E sentir a respiração ofegante
Ao pé do ouvindo 
O arrepio no pescoço
O olhar indecente, maravilhoso

Amar 
E presssentir aquele beijo
Desejado
Eterno e passageiro
Na saudade renascente
De um querer verdadeiro

Ponto a ponto 
Construindo pontes
Tecendo manhãs
Em cada noite de inspiração 
Suor e contemplação
Dança sem medo

sexta-feira, 15 de março de 2024

SOMOS

Somos matéria das estrelas
Desde sempre até sê-las
A vida transcendendo
A existência orgânica
Além das dimensões 
Ciência romântica
Religião quântica
Mística, mágica 
Razão e paixão
Ou dúvida exata
Ressonando
Os sonhos
O passeio
Das almas

segunda-feira, 11 de março de 2024

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Vai dar Certo

Vai dar certo


Respira

Esse aperto no peito

É um limite que não existe

Sempre há espaço para o amor

Dance, cante uma canção

Conte uma história que te apaixona

Abrace a dor que precisa do teu afeto

Tudo o que nos faz bem nos abençoa

Não há noite que não amanheça

Não há sofrimento que não pereça

Podemos tudo o que desejamos 

Quando vivemos com poesia

Vai dar certo

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Canção do Náufrago

Como estás?

Que é feito de ti?
Sonhei contigo este fim (de semana)

Numa vida passada,
Foi belo mas muito triste também

Fiquei com um aperto

E um tanto preocupada 

A querer saber como estás

Assim do nada

Conto coisas ti

Como quem resguarda um beijo
Falo de ti, com uma saudade

Que está mais pra um desejo

Estás bem?

Passa se alguma coisa?
No meu sonho chorava 

De peito de aberto mas apertado
Sonhava que tinhas partido

E naufragado

Num mar imenso

Mas a imagem que via

Era tu a sorrir, 

E eu a ver te la dentro das águas
Meio estranho, inteiramente bonito

Como quem não tinha mágoa

Sim, claro, era triste

Mas bem poético
Acho que até tinhas

Um acordeão nas mãos

Me parece que cantavas

Uma canção

Estaria menos tensa

Se estivesse a te abraçar

Ou a rezar pra ti, pois,

Parecias até um ser das águas.

Diziam que tinhas se afogado
E pensei que poderia ser verdade

Porque não nos sentíamos

Há muito tempo
Mas se sobressaia

Essa imagem do sorriso

De dentro das águas
Como uma canção

Reverberando e batendo no corpo

Em sonoras ondas

E silêncios