As palavras, em seus sons, estão aqui em processo, se transformando, como esse texto, incompleto, que um dia terminarei. O papel virtual de minhas realidades, sendo escrito enquanto logo, meus dados, na máquina, na rede de rendas digitais. Nas ladainhas, aboios e encantamentos, sentimentos ou/e em outros infindos indícios analógicos, que sim, ainda existem! E resistem, a qualquer falsa ou equivocada idéia de modernidade ou tecnologia. Tome cuidado com os meus acentos.
Eles podem brincar de mudar seus sentidos.
Estamos subentendidos?

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Crescendo Juntos

Sempre fui uma confusão de afins
A idade desacreditando
De tudo o que não se podia mudar
Ai, aprendi a pedir desculpas
(Inclusive pra mim mesmo)
E tocar uns três acordes de violão
E assim, sendo-me educado
E acreditando saber cantar
Sendo gentil comigo
Aprendi a te admirar,
Porque admirar a si mesmo nem é feio
Mas perigoso

Como te reconhecendo diferente
Apaixonados
Por tudo o que poderia ser impossível
(O que ensinaram ser impossível e errado)
Amar alguém alem do sexo, alem do gênero,
Amar alguém alem de amar alguém

Pintar os cabelos de azuis (vários tons de azuis)
Ter nascido e morrido
Renascido,
Em várias dimensões e tempos
Em ti, em mim,
Em todos os nossos filhos não nossos

Mesmo sentindo-me uma adolescente criança,
Me engano: Pareço que cresci um pouco...
Mas, não tanto a ponto de desonhar
Existe coisa mais boba na poesia
Que o neologismo?

E ja nao me cabem mais
Aquelas velhas ideias adolescentes
Alias, nem todas,
Muitas ainda me servem
Em seu desbotado silencio,
Tingidas de entardecer,
Ou roupas de dormir e sonhar,
Tudo aquilo que desuso
Quando estou nu
Quase sempre
Contigo

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